sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Fechada para balanço!

É como se meu coração estivesse explodindo de tanto querer escrever, falar, mostrar ou pesar....

Você já participou de algum amigo oculto confidencial secreto, em que o que realmente valia fosse a intenção? Isso mesmo. A intenção e não o valor, o presente, ou a pessoa que estivesse dando-o. Então qual seria a intenção de um carro zero dado pelo seu tio, ou uma cesta gigante com todos os modelitos de chocolates do mundo, pela avó? Ou o que realmente significaria o intento da sua amiga em lhe dar um abraço, e seu pai simplesmente dizer que você é o melhor filho do mundo, tudo isso ou só isso de presente? Se eu insistisse em perguntar o que pesa mais, se são os objetos caros e materiais ou o afeto e as palavras mais esperadas para um filho? “Certamente o imaterial tem mais valor”. Em qualquer situação? Mas o que pesou pra você no momento em que ganhou esses presentes, o que foi mais bem intencionado? “É claro, o carro demonstrou um gesto enorme de gratidão e reconhecimento da família, e é bem melhor.”

Não é, exatamente, pra refletir nisso. Pois a nossa balança, geralmente é parcial. Parcial a nossas escolhas, a nossos objetivos e a nossas intenções em relação ao que queremos pesar. Tem certos abraços que são puramente mágicos. Tem elogios que nos emocionam. Mas tem casos que isso pode não acontecer. De uma parte ou de outra. Amor nem sempre é bem-vindo, ou bem dado. Tem carros que são mais confortáveis, trazem mais diversão, ou são mais perigosos. Há chocolates que elevam o estado de espírito, seu auto-estima, ou que fazem uma banha quilométrica aparecer (Não necessariamente, e nem com tantos quilômetros assim). Mas o intuito dos presentes é provocar mudanças, transformações e efeitos. E reflexões sobre injustiça, "o que foi que eu fiz?", etc. E o intuito desse texto pode ser totalmente reverso a isso tudo!

Nos finais de ano eu costumo fazer um balanço. As vezes faço isso sem querer, sem pensar que estou fazendo, ou sem pretensão alguma por fazer. Embora eu tenha parado de usar agendas para especificar meus fatos em datas, ainda uso meu caderno, onde contêm apenas frases dos meus acontecidos. E isso me ajuda. Ajuda-me a ser justa. A ver de todos os ângulos, formas e conteúdos. A opinar direito. A rever conceitos. A pesar sem preconceitos. Ajuda-me a calcular o valor, os erros, os acertos e os preços.

Pesar e não julgar. Pesar gestos, palavras e atitudes. Verificar a proporção de cada. Medir o tamanho. Talvez intensificar o peso. E aí sim, finalmente dar o valor. O valor merecido, prestado e intencionado. É nessa balança de fim de ano que procuro dar prioridade a família que é inatingível, e sempre companheira. Dar importância aos amigos que combinam com todos os dias da semana e finais de semana. Recompensar todos os meus esforços, com sorrisos de satisfação. E agradecer a Deus, por ter me dado o ano, a balança e o que pesar.

domingo, 6 de dezembro de 2009

E eu falo dele:

Seus olhinhos brilham carinho, a sua risada espontânea ignora qualquer que seja o fato. É imensamente bom ter aqueles que você gosta, que te fazem bem, sorrir, que enfeitam sua cara de alegria e seu coração de música, do lado, pertinho. Que, somente por tê-los perto e respirando faz o tempo parar. Gostoso então é sentir o cuidado que vem de dentro de você ao estar perto desse tipo de pessoa, do tipo que a gente ama. É deliciosamente bom acordar com uma musiquinha vindo de uma voz tão doce e aos gritinhos. Ouvir o seu nome com letrinhas minúsculas. Não tendo como recusar um convite para brincar de carros, assistir um desenho, repartir um amendoim, ou ser o alvo de travisseiradas. E a gargalhada ao perceber que fez uma "coisinha" nojenta. Sentimento que vai além dos sobrenomes iguais. De uma semelhante aparência. Apesar de nem todos torcerem pro “curintia”, a família sempre esteve unida. E nosso talento e beleza é uma sensação; sabemos como chamar atenção!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A noite de cor incomum

"Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia." N.

O coração dói?

Sim. Aprendi na SUPERINTERESSANTE e na autoconvivência interna que sim. O coração é um músculo cheio de terminações nervosas. Quando é pra doer, essas terminações enviam um torpedo para o cérebro comunicando-o que há uma sensação dolorosa chegando, estando ou sentindo. Diminuição do fluxo de sangue nas artérias coronárias ou uma irritação no pericárdio, (vide aulas de anatô!), provocam a dor, e/o que pode espalhar para outras partes do corpo. Ou seja, dói.

O único homem do grupo estava prestes a se apresentar. Ele se mostrava um tanto quanto confiante. Quando começou a falar, explicar, demonstrar... mal deu para continuar. Ainda assim continuei a admirar seu ato de bravura. Foi quando tudo se apagou. Tudo se acabou. E quem seria o pentelho? Muitos gritinhos. Surtos exagerados e sustos inanimados. Alguns ministros preocupados. A evolução de como as pessoas ficaram sabendo do acontecimento foi engraçado, pra não dizer desesperador. Através dos vultos e sombras, percebia-se a expressão de medo em alguns e a energia que trazia alegria de outros. Pensamentos e burburinhos rolavam soltos. Celulares ajudavam na salvação. Partimos, então, para um ambiente conhecido, um lugar que já havíamos explorado. O único que estava um pouco iluminado.

Chegando em casa me deparei com chamas. Velas acesas por todos os principais cantos da casa. O radinho de pilha do meu pai passando as ultimas informações. O aconchego da noite. A carícia da escuridão. O sopro do vento. A certeza da solidão.
Um devaneio de rotina, o sono e o apagão.

Havia tempos que não via mais cor no escuro da noite. Que a falta da lua não me fizesse falta. Que o sopro do vento não me trazia medos. E que a falta de explicação resultasse em tanta confusão. Adoro noites iluminadas. Adoro as luzes da cidade, ou da lanterna, ou a dos olhos. E nada disso se teve. Há tempos eu não dormia sem o sussurro da tevê. Sem antes uma boa conversa no msn. Sem que eu pudesse ler o último capitulo ou começar um novo. Sem alguém me ligar pra poder passar comigo intermináveis horas. Ou que a luz do poste não entrasse pela fresta, onde se tornava visível a forma das coisas de dentro do quarto.

De repente senti uma pontada. Não tão forte, nem tão aguda. Talvez por uma situação externa. Mas o silencio doloroso da noite me fez ter motivos. E meu coração doeu. Doeu por pensar e imaginar todas as minhas noites assim. Sem cor. Doeu? Rasgou. É como se alguém tivesse tirado tudo que havia de colorido em uma parte de mim. Traumatizou? Bastante. O preto daquela noite foi o que ficou memorizado. O vento se misturando com os pensamentos soltos. E uma voz distante em algum lugar do mundo.

Mas o que está? Somente a lembrança de uma noite vazia?
Enquanto os minutos demoravam a se passar, pensei em tudo que me trouxe risos e aprendizagem naquele dia. Nos abraços que ganhei. Nos flertes tímidos. E em tudo que imaginei. E me delirei com Feist – 1234.

A dor passou, a luz voltou, e aquele sentimento vazou.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Meu pormenor,

Oba, o feriado vem aí! Vamos fazer alguma coisa? Não sei! Qualquer coisa! Uma coisa que possa nos unir. Que nos faça rir. Para nos ver. Uma coisa que nos inclua. Que nos aproxime. Mas de perto, tão perto. Para que depois não haja explicações, e sim sentimentos e pensamentos, e o cheiro da saudade. Daquilo que ficou. Do que ainda permanece. E do que não vai mudar.

Ta marcado! Avisa o pessoal. Ok, vamos dividir as tarefas: eu aviso uns três, você avisa o resto. Ta boooom, avisamos todo mundo. E seja claro no “priorize esse encontro”. Pede pra que não falte. Eu sei que não haverá esforços, pois essa vontade é coletiva! (né!) Queremos nos rever, e fazer o que sempre fizemos. Sentir o brilho do entusiasmo voltar; voltar o tempo. Conversar. Olhar nos olhos. Desabafar... Expor nossas futilidades! Afinal, já não vivemos juntos, o ano passado já acabou. Os tempos (que hoje me fazem uma leve falta) já se foram. E temos novas histórias. Engraçadas por sinal. Embora outros rumos, outras rodovias, outras casas, mudança de planos, mudança de curso ou de faculdade.. a família é a mesma. Porque não fomos, mas hoje somos uma família. Não é galera?

Opa! Exagerei no final?

Marcamos na pizzaria. Não na melhor, mas na que me veio em mente. Não to afim de narrar o inesperado, mas aconteceu. Nada exatamente como planejamos, mas eu garanto, foi até melhor. O inesperado pode ser sim melhor. Mas fizemos tudo o que queríamos, e acalmamos a nossa saudade, temporariamente! É divertido juntar seis ou sete pessoas pra rachar uma pizza, mas às vezes três resolvem beeeeeem o problema. Pois então, isso marcou mais uma das nossas temporadas!

Sinceramente, cheguei a conclusão que os nossos atos refletem nos fatos, e no que será guardado deles. Me entenda. Enquanto eu digitava esse texto, um “monstrinho voador”, ficou sobrevoando a minha cabeça. Incomodou-me, pois eu NÃO o convidei pra ficar aqui perto, poxa. “Sai daqui, cê ta chato!” Ta me atrapalhaaaando!” Ele se tocou. Mas não demorou muito... e veio num voo rasante, todo-todo, pra cima de mim. Aí eu me senti atacada. E começamos a guerra. Mas não perdi a paciência, e fizemos uma trégua. Ele foi para a lâmpada e eu continuei a escrever. Porém, senti que ele não queria ficar longe de mim. Mas eu sim. Ou eu só não queria estar junto. Perto. Outra vez.

Com isso percebi que a maturidade aparece naturalmente, nos momentos em que achamos que ta tudo igual, normal. E nas amizades, o forte é ter maturidade. Tanto pra compreender uma falta, quanto pra valorizar uma presença. Nem sempre as pessoas que viveram os mesmos momentos nossos, viveram na mesma intensidade que a gente. Tentar não machucar, mas realizar tréguas. E saber se afastar, se perceber que realmente não valerá mais a pena. Que acabou, porque pode acabar. Reconhecer sempre o gesto e a atitude com gratidão. Demonstrar o afeto e explicitar a importância àquelas pessoas que não saem do teu lado, mesmo que nos momentos inoportunos da sua vida. Que se mostram amigos, que são amigos...

Opa, Oba! E vem outro feriado por aí...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

"Babaca"

Creio que aqui vou declarar minha total incompetência, quando o assunto é amor...

Jamais passei por tantas provas, assim, juntas, das quais teria que ter sobrevivido a todas. Se a sua dor é insônia, o remédio está no cursinho de uma auto-escola. Chegou, sentou, deitou. Coisas de segundo, o sono se alastra, suas mãos que serviriam de apoio ficam bobas, seus olhos passam a pesar pelo corpo inteiro, e seu pescoço é incapaz de sustentar a cabeça, reta, pelo menos. O assento da cadeira tomou forma. Fiquei totalmente vencida e consumida por aquele estado inconsciente. Cafeína e sequilhos não eram a solução. Nem a maneira como o instrutor explicava o conteúdo, nem seus alguns erros de gramática e concordância, fizeram-me despertar daquele terrível sono. Era bem mais forte que eu, e qualquer Mariusz Pudzianowski . Mal sabia que ,ao final, dez questões avaliariam meu conhecimento e atenção prestada. Me desesperei por dentro. Me senti atropelada. Desperdício de belas manhãs vagas.

Seis matérias na grade. O tempo e minha letra pareciam não me favorecer tanto. Textos complexos, extensos, chatos e inanimados. Apenas um me deu outra perspectiva de compreensão. Do resto, tensão. Passei deliciosas tardes estudando, lendo, discordando e decorando. Tentando concentrar minha atenção em algumas explicações. Buscando respostas das quais eu não anotei. E nada de jogar culpa naquele papo paralelo de sempre! (rs) E, absolutamente nada da semana passar. Exausta de taaaaanto estudar. Deve estar querendo me perguntar né? “Você? Cansada de estudar...?” Pois então, não me pergunte.
Mudança de carteiras. Conversas rotineiras. Algumas discussõezinhas óbvias, enquanto alguém tenta a ajuda dos céus. As vezes, a intensidade de uma palavra não se limita a importância dela. Um humor forçado entre nós. O riso espontâneo. Lápis, caneta e borracha contra o papel e a boa memória. O tempo anuncia o placar, é hora de entregar.

Aqui – em algum departamento, onde estão guardados os sentimentos - , eis a causa.
A causa do sono, a consequência dos lapsos, e a culpa dos erros.
O começo da semana, o início da primavera.
Quando há existência de olhares se chocando, é inevitável: o coração está amando... pensei. Mesmo quando não se quer, o amor é um sentimento involuntário. Camufla todos os defeitos, pois sabe que existem. É triste.
“Oi, tudo bem?” – “Tudo”.
E... acabou? É, acabou. Que raios de amor é isso? Que droga!
Mas se não for, é quase. Porém a certeza é que disso nasce, floresce e morre um amor.
Que seja infantil. Embora esse desenvolvimento afetivo não tenha idade. Pois que tenha detalhes. Errar ou confundir o nome não é imperdoável, mas não saber... eu sei, a consideração nem sempre está estampada na cara. (Existem pessoas que vão continuar sendo idiotas). E que um diálogo tenha duas palavras, um gesto ou meio copo. Ou que eu esteja apressando e pondo nome naquilo que já tem.

A chuva controla a intensidade;
As amigas amenizam a vontade.
O chocolate, até certo ponto, mata a ansiedade.

Com tudo, aprendi que a preferência é sempre do pedestre. Onde quer que eu esteja.
Conversas e piadinhas em dia só por scraps, msn, ou e-mail. (Emoticons, as vezes, expressam melhor as nossas caras).
E que a obcessão... é ... algo que pode impulsionar e colocar tudo a perder.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Longe de casa (...)

(Rod. Euclides da Cunha, 13/09/09, por mim)
Acordando com o galo.
A proteção materna ao cuidar de acordar.
Sentindo o cheiro leve e matutino da brisa.
O sino bate pontualmente.
Uma carona indispensável e favorável.
Filosofar na aula de hoje. (...)
Fone, música e paisagem.

O que é mais legal na vida são as coisas ocasionadas. As situações que acontecem,
as visões momentâneas, os risos das coisas despercebidas, as “caras” desconhecidas.
Sou sócia do clube das pessoas que veem graça naquilo que, em geral, não tem. Acho graça mesmo! Dou risada. Admiro. Participo. Paro e reparo.
Me encanto. Me espanto.

Mais ou menos uns 65 Km. De Jales (pois é, onde me habito agora) à Votuporanga (cidade do que vou ser quando crescer). A cada parada um vizinho de banco, novo. Por
volta de 45 bancos.

Nunca acreditei nas amizades feitas em ônibus. Não se faz amizade em ônibus. Passageiro não é um apelido, é um nome. No entanto, as pessoas insistem. Cumprimentam cordialmente. Alguns como se conhecessem a pessoa há anos. Outros com a cara mais fechada e carrancuda do mundo, como se o vizinho fosse o culpado da derrota do seu timeco. Compartilham o cheiro de queijo nacho do salgadinho com todos, e ainda oferecem. Cantam alto. Exageram na piada. Leem páginas. Já sentam reclamando, esbravejando, xingando o pobre do motorista, deitando o banco até chegar no joelho do azarado de trás. Tossem, espirram, bocejam, roncam. Sem falar nos... E dormem, finalmente dormem.

Note os detalhes desta curta viagem.
Percebam a intimidade entre os passageiros.
Há todo um calor e uma recepcionalidade envolvida.
Os seres humanos gostam disso. Se sentem bem em qualquer lugar.
Se façam à vontade.
A solidão de viajar num ônibus só aparece internamente, e quando quer.
Pois não é necessário.

Todo dia é um dia diferente.
Novas expectativas, novas decisões.
Novas nuvens, novas folhas.
Novos gestos, novas emoções.
Outros sentimentos, outras preocupações.

“Basta cada dia o seu próprio mal” – Mateus 6:34

Mas pra toda viagem, um “bilhete” novo.
Em cada página, do mesmo livro, um conteúdo distinto.
E de toda andança, o cenário único.

Pontual é o sino.
Rodoviária é o destino... tchau!

sábado, 22 de agosto de 2009

Quando o desapego não me pega mais..

Uma manhã fria. O compromisso de todos os sábados. A roupa da ocasião. O carro apertado - não pela quantidade de gente - mas pelo conteúdo saturado. Estou, aparentemente farta, porém calma, sempre na paz.

A primeira semana de aula. Tudo parecia fácil, mas os professores têm o poder de estragar tudo, né?! (vício). Adoram comemorar nosso sufoco com os outros professores do bando. Adoram! Especialistas em confundir, pressionar, acabar com o pingo de alegria, que, no mínimo, é a razão dos recreios. Muito bons no quesito “já passei por isso”, “vai por mim”, “comece a estudar”. Péssimos em pacificar e ajudar, pô. (vício!!)

Não sei por que raios existe tal disciplina: Neurofisiologia. Nadei! Simplesmente. Mas não minimizo a importância da tal. Ok, os íons de sódio entram, fica tudo positivo, gerando o impulso nervoso e é festa. No mesmo momento dessa descoberta, me lembrei das aulas inúteis das manhãs de segunda e quinta. Insuportáveis e soníferas. Biologias e químicas. De fato, todo aluno pré-vestibulando que se preze há de gostar, certo? Nunca foi o meu caso.

No último episódio do reality ECOPRÁTICO, da tv Cultura, a tv que faz bem - na sessão Desapego, que assisti – eram com bolas murchas. Dois meninos da casa precisavam se libertar de 11 bolas murchas. Difícil. Era o “prazer” deles terem aquelas bolas furadas, espalhadas pelo quintal. Afinal, as bolas eram deles, independente do estado delas. Quando os apresentadores disseram que eles doariam as bolas para crianças que nunca brincaram com uma, os meninos aceitaram numa boa. Quase que desfizeram sem nenhum sentimento. O chato é quando há sentimento.

Uma das minhas professoras fizera uma revelação bombástica: “Tenho 3.000 livros catalogados na minha estante. Tenho livros até italianos, dos quais nunca li. Guardo jóias da minha avó, e essa roupa que estou hoje têm 20 anos.” Silêncio. (Todos cara de quem viu Michel Jackson pela última vez). Entendam que, para a psicologia, se apegar demais a certas coisas das quais poderiam ser passadas adiante, pode se tornar patológico. Doença!
....
Respiro minhas lembranças, guardo os meus afetos e vivo as minhas datas. Sou completamente pegajosa ao que passei.

Gosto de me lembrar e de aprender nessas entrelinhas coisas novas do passado velho. Me prendo ao que não gostava antigamente mas que seria bom se fosse diferente. Abraço as nuvens cheias, e não saio à procura dos pingos. Hoje, me lembro das aulas inúteis de biologia e química, com real alegria. Jamais vou me livrar dos livros didáticos que marcaram o cheiro da infância. Aos amigos velhos e eternos, sofro por fazer novos. Talvez as roupas de hoje não me servirão daqui 20 anos (vide a minha genética familiar,) mas servirão de pano fino e talvez raro para os que virão.

Tá boooom, viajei e tal...

Uma tarde fria. Um solzinho tímido. Uma companhia alegre. Janelas do ônibus abertas.Um dia cheio. Estou completamente calma, porém farta... e saturada.


...

sábado, 8 de agosto de 2009

Marmelada!


Uma semi-final e final programadas. Tudo balela! Tudo tão organizado quanto imaginávamos. Não estávamos tão tranqüilas quanto da primeira vez. A primeira vez foi um luxo. Quando subimos àquelas escadas e nos deparamos com o restante dos participantes, tivemos um sensação recíproca. O vermelho natural do rosto de uma de nós estava mais aparente do que nunca. As mãos congeladas; o frio, o calafrio. O suor do nervosismo. Ensaiamos o “ooo oooo” umas quatro vezes. Nos sentimos preparadas e ao mesmo tempo sem os pés no chão. Cantamos. “Arrasamos”. Se não fosse nossos amigos do peito, acompanhantes e familiares...

Na segunda apresentação estava tudo a favor do desconfortável. Aquele momento “ufa” de outrora já se baniu. A música é boa! As meninas são sensacionais. Até a nossa aparência com relação a roupas e a beleza natural também vai, rs, mudava o ar do cenário. Sinceramente, as pessoas nos temiam pela nossa imponência. Sorrisos tensos. Palavras de otimismo e conforto. Temos um sonho.

Tínhamos um sonho.

É certo que quando pedíamos à Deus a ajuda para ganharmos, lembrávamos que não era uma competição entre os melhores, e sim para quem estava mais preparado. (Na nossa cabeça, não!) Era uma competição, sim! Havia grana no jogo. E, afinal, estávamos preparadíssimas. E rolava um sonho conjunto. Queríamos o topo, sem escalar em ninguém. “O céu é o limite”.
Falando assim parece meio egoísta, um pensamento egocêntrico. É sim, bem pertinente. A torcida era o nosso termômetro.

Demos o nosso melhor, ou não. Faltava pouco. Agora não adianta jogar as culpas. Cada um fez o seu possível, e os jurados contribuíram para que no primeiro dia achássemos que éramos as invencíveis. Não nos faltava humildade, mas era coisa quase que certa. A terceira vez foi embaçado. Desafinação, ou não.

A nossa atitude denunciou o nosso erro e desapropriação daquilo que estávamos fazendo. Descemos com a cabeça baixa, desânimo, e um ar de derrota. Além claro do sonho corrompido. Uma demora. Após tudo o resultado. Não era o que esperávamos. Via-se em nosso olhos. Um 4° lugar injustiçado. Um 1° lugar injustiçado. Uma classificação desonesta. Uma desculpa esfarrapada. Preferência, independente de tudo , para os da cidade. Kilometros sem abrir a boca. Precisamos nos conformar? Revolta.

Tempo de perder, tempo de ganhar.

É tempo de agradecer.
Obrigada a todos que contribuíram para essa nossa iniciativa;
Por acreditarem que o nosso talento vai além de qualquer julgamento; e que
apenas começamos.
Pais, irmãos e amigos, que não mediram esforços.
E a Deus, que nos surpreende com a sua vontade, e que nos fortalece quando nos sentimos derrotadas.

Em especial: Grupo ABA. As melhores, sem dúvidas.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

No meio do caminho tinha uma pedra,


(É provável que isso aconteça com a maioria das pessoas do planeta).
Às vezes me deparo com algumas situações e me pergunto: por que, raios, ela está acontecendo?

Não era apenas um voo (odeio esse acordo ortográfico), e nem um simples embarque.

Difícil não reconhecer quando, um sonho e a emoção do mesmo se tornar realidade estão estampados aos olhos daquele. É puramente singelo.

Tudo caminhava-se tão bem.
Justificativas e desculpas por todos os lados. Um NÃO objetivo, mas que no fundo (no meu fundo) não fazia um sentido grande. Menor ainda era o motivo pelo qual não deu dessa vez...

Naturalmente tentei jogar culpas, sem ao menos pensar que algo subjetivo e superior estaria por trás, “estragando tudo” ou não. Mesmo assim, sou grata.

Por uns instantes, vi diretamente do lixo do Aeroporto, todos os meus dias de preparo e de sonhos.

Quase não acreditei. Aquela espera na fila do check in, tentando controlar a minha ansiedade e observando a intensidade da impaciência alheia.

Mas, diria um outro frasista clichê, que nem tudo é em vão. E não foi.

Tudo, tudo foi recompensado e visto de uma outra maneira quando me lembrei das coisas que passei, e com as pessoas que passei até ali. Só então compreendi.

Fiz amigos. Conheci melhor aqueles velhos conhecidos.Vivenciei tardes, comidas, lugares e pessoas diferentes. Se não fosse pelo desentendimento entre cartorários e policiais, penso que jamais daria tanto valor àquele dia, àqueles favores, naquelas horas.

Chorei.

Enquanto aguardavam inquietamente na fila do embarque, abracei todos que pude. Tentando confortar e dizer que poderiam ir em paz, que estava tudo bem.
Fiquei do lado de dentro, na parte superior. Ainda com os olhos cheios de lágrimas.

Logo, meus olhos se encheram de brilho ao ver aquelas enormes máquinas voadoras.
E ao saber que eu não mais teria que entrar nelas.

Alívio.

Conheci duas figuras fantásticas.
Que me deram um reconforto.
Que me completavam com ânimo.

Campo Grande, Ribas do Rio Pardo e Paranaíba jamais serão as mesmas.

"Nunca esquecerei desse acontecimento
na minha vida de retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra."

E foi assim.


Beijomeliga, to em casa!

domingo, 12 de julho de 2009

Domingo, fim de noite, inverno.
Malas quase feitas; emocional a mil!
Tá chegando o dia, tá quase na hora.

Até mais, Brasil!!

domingo, 5 de julho de 2009

Vacaciones para Jésus

Difícil de colocar em palavras, o anseio todo que tenho por esta viagem não tem tradução. Nos próximos dias 14 à 22, eu - juntamente com um grupo de aproximadamente 31 pessoas, especialmente queridas- estarei em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia. O objetivo é tão simples quanto a vontade que tivemos, quase que imediatamente, no dia em que nos foi anunciado. Essa iniciativa nos estimulou à pratica do que Jesus ordenou por amor a mim, a você, a ele, a ela... “ Id por todo el mundo y predicad el evangelio a toda criatura” . (San Marcos 16:15)

Para quem me conhece sabe que, sempre me dediquei a igreja. Especificamente na Igreja Adventista da Promessa, da qual cresci e que sempre me orgulhei e respeitei, pelo convívio, pela doutrina, pelo auto-aprimoramento e todo conhecimento adquirido. Foi lá onde cantei pela primeira vez, onde descobri que não basta querer cantar; é preciso ter vocação e viver a música de uma forma grandiosamente intensa e totalmente direcionada à causa.

É preciso saber que uma igreja não é apenas uma questão de hábitos e costumes, e sim movida por iniciativas, atitudes e boas obras. No âmbito religioso há muitas formas de querer mostrar a existência de Deus. Mas, infelizmente, poucos entendem o recado a ser passado. Poucos querem entender e interpretar o contexto bíblico do jeito que é, alguns fazem-no pelo que convém outros sequer o faz. É uma pena.

Bem... o roteiro já está em mãos. Tivemos todas as instruções, dicas e ordens. O primeiro passo já foi dado.

Determinada e esperançosa, conto os dias com total ansiedade. Não é tããão visível o meu terror à avião, mas é sentido pelos que estão a minha volta. Já camuflei esse meu medo pensando em vários métodos até engraçados para me confortar. Inúteis, eu sei. Não é pra tanto, também sei. Não que seja um empecilho, já que pelo motivo vale a pena qualquer tipo de esforço, mas é algo que me desconforta. Em todo caso, jejum e oração, e aquela respiração que vem do fundo!

Pois sei que estarei “em boas mãos”.

Do mais, voltarei com muitas novidades e com uma carninha na brasa me esperando!

Beijomeligainternacional!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Saudade,

Muda-se o mês, muda-se a estação. Julho. O famoso mês das férias. Mês de alguns eventos e inesperados acontecimentos. Viagem para quem tem dinheiro, hora extra para quem precisa, um descanso para quem, definitivamente, não tem nenhum dos dois. Pensei que nesses dias eu pudesse aproveitar para rever amigos, ouvir velhas músicas e dar vários flashs back (hê!). Matar saudade, contar novidades, sentir de novo a amizade. Beeeem, por tras de tanta falta de explicação, há sentimentos.
Vem aí, um texto de Miguel Falabella... e tentam me entender!
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade de um filho que estuda fora. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo,
que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas . Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida.Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia semvê-lo, mas sabiam-se amanhã. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda usa aquela saia. Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada; se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Interne te encontrar a página do Diário Oficial; se ela aprendeu a estacionar entre dois carros; se ele continua preferindo Malzebier; se ela continua preferindo suco; se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados; se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor; se ele continua cantando tão bem; se ela continua detestando o MC Donald;’se ele continua amando; se ela continua a chorar até nas comédias. Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos; não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento; não saber como frear as lágrimas diante de uma música; não saber como vencer a dorde um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos. É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer… Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendoe o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Qual é a música?

Existem as tristes, as alegres, as dançantes, as contagiantes. Músicas, são todas marcantes! Há aquelas que temos saudade de ouvir, e aquelas que nos trazem a mesma. Algumas do tempo dos nossos pais, outras da “juventude de hoje”. Penso que, não importa o ritmo, a melodia, a letra, e sim o momento, a ocasião em que está ouvindo-as. Depende do que está fazendo e da companhia. Pra quem está olhando, com quem está andando. Vai muito das estações do ano, da meteorologia. Varia de situações para pessoas. Aí acontece a marcação! Depois de termos uma razão pra tal, toda vez que ouvimos, pensamos, cantamos aquela música.... “ah! Essa canção me lembra isso.. aquilo, aquele, aquela” Nem sempre é doce as lembranças, as vezes vem aquele gostinho amargo. Mas é sinal de que marcou; músicas marcam! Por isso trilhas sonoras existem. Todo mundo sabe disso!

Julgo ser um filme bom, quando a musiquinha de fundo é boa. É, desde aquelas despercebidas até aquelas que o filme termina mas a música fica. Faço isso porque o que me emociona ou que me empolga num filme é a música! Ela é o meu termômetro. Choro com música, e não com o filme. Filme é filme, música é tudo.

Elas dividem minhas inspirações. Transmitem leveza, uma certa paz, um tal descontrole, traz o equilíbrio, (saca?)
Músicas não servem para ser ouvidas aleatoriamente. Isso pode soar chato, mas pra todos os acontecimentos tenho uma música, ou várias. É claro que, quando as coisas acontecem, nem sempre minha playlist está por perto. Quase nunca. E isso é o barato!

Para entender melhor fiz uma listagem de alguma das minhas músicas prediletas, ou que simplesmente marcaram tais:

*Dias de chuvas:

Dias de chuvas finas, frias e chatas. Tempestades, raios e trovões. Chuviscos.
Recomendo: Please don't stop the rain – James Morrison - O próprio título nos remete a uma sensação de que está chovendo e nos convence de que dias chuvosos são melhores! Típica música de inverno.
Free Fallin – John Mayer - Dá pra sentir os pingos da chuva caindo sobre o telhado só pela batida leve do violão. Apropriada para se ouvir dentro do carro, enquanto espera a chuvinha passar.
In my place – Coldplay – Chuvas com rajadas de vento. Wow!

*Dias de sol: São as alegres, as leves, as sertanejas (hê!)

Free – Jack Jonhson – A levada dela é perfeita para o solzinho do amanhacer. Ela te dá um ânimo, uma vontade de dar bom dia para o dia! Acompanhada de óculos escuros e muita água de coco.
Get Right – Jennifer Lopez - Me sinto dentro de um supermercado lotado em plena sexta-feira, na fila da carne. Ou comendo um pastelzinho na feira de domingo com a família. Aquele conversero total.
Mina do condomínio – Seu Jorge – Naquele sol ardido. Radiante!

*Dias de fossa:

Todo mundo já passou por uma fase fossa. Existe aquela fossa crônica, a pessoa nunca sai dela. O largar do namorado (a), a despedida de um amigo, o fora, são coisas naturais, digo, que acontecem sempre com qualquer um, mas que leva a tristezas profundas e à ações drásticas.
Por onde andei – Nando Reis – Essa foi feita pra mim!! Sabe aquela música que começa a tocar quando voce nao quer que ela toque? Porque voce sabe qual será sua reação? É essa.
Sutilmente – Skank – Choradeira total. A música é inteiramente down! Tem uma pegada suave e tocante, nos faz querer colocar no “repetir” até antes de terminar. Incrível.
Linger – The Cramberries – Ouve-se com alguém do lado. Perfeita para recordar, lembrar, reviver o passado bom, ou não.
Último romance- Los Hermanos – Vontade de roubar a cena e sequestrar a pessoa amada. Sem dizer que a música é linda, o conjunto todo.
Hands Clean- Alanis Morissette - Quando eu ouço essa, é possível que eu esqueça totalmente de tudo...

É mais ou menos isso, ou não. Se alguém tiver mais idéias, por favor, comentem!

Kisscallmesinging!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Depois daquele baile

Ontem, quando me peguei olhando pro nada e imaginando mil coisas, percebi que é no frio que minhas manias mais aparecem. Fiquei olhando fixamente para o teto, ouvindo o barulho do motor de um avião, distante... bem distante! Mas logo me pus a pensar como seria se ele perdesse a força, sei lá, se algo acontecesse e ele caísse em casa, com o bico ou as hélices no meu quarto, mais precisamente. Freud, meu parça, certamente teria uma explicação para isso; meus pensamentos bobos. Comecei a me cobrir até a cabeça com a coberta, uma espécie de proteção, ou mania. Como se o avião fosse mesmo cair ali, naquele momento. Doideira, eu sei.

Foi quando liguei a TV, e começava um filme brasileiro, com atores da antiguidade. Brincadeira, com atores ótimos, excelentes, e nossa... inspiradores até o fim. Lima Duarte e Marcos Caruso. O filme é lindo. Se chama Depois Daquele Baile. É engraçado : “Um filme sobre pessoas que não desistem da alegria, do amor, da vida”

http://www.depoisdaquelebaile.com.br/


Uma bela discussão sobre o tempo.
Uma marcante trilha sonora;

Vale muito a pena assistir!

O filme acabou, apaguei a luz, o avião se foi. Pude, então, dormir.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Caramba

Pior que vir trabalhar no domingo é ter que abrir no feriado!
Costumo observar as pessoas duas vezes. E pra uma pessoa, necessariamente, me atento mais. Não que eu desconfie. Nem que haja um interesse grande nisso. Mas minha curiosidade se atiça ainda mais quando me faz pensar que “até no feriado?” .
A lan está deserta. Ouço os barulhinhos dos copos plásticos caídos pelo vento do velho ventilador. Desliguei todos os PCs, precisamos economizar. E ouço risos, estrondosos risos. Hahaha. Vem da máquina 011. Antiético rir dos clientes, mas está contagiante! É uma risada gostosa, sabe? Parece estar rindo comigo, pois, aparentemente ele está rindo pro computador, entende? Queria poder rir com ele. Sério! E como disse, gosto de observar. A linguagem corporal, os gostos, os olhares, as medidas de proteção e as manias. Assim posso conhecer todas as barreiras que posso transgredir. Conheço todos os buracos que irei passar. Tais detalhes tornam meu modo de olhar à vida mais interessante.
O cliente, do qual não sei o número, veio me pagar. Estava com a cara fechada, não trocou nenhuma palavra comigo. Eu disse:
“2,30” “obrigada”.
Não sei se ele foi embora porque percebeu que eu o havia percebido.
Meu método de observação, que parecia ser infalível.. ficou contra mim! [?]

De qualquer maneira, não levei a melhor.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mudança!

Já parou pra pensar no quanto sofremos com mudanças? Pode ser que temos medo de sair da rotina e de não acostumarmos com outras. Arrisco em dizer que sobrevivi a todas. A questão é aceitá-las como algo inevitável. Aceitou? Então pratique-a! Vem aí algumas das quais pratiquei e me diverti/sofri um porre:

Mudança de casa: Aaaaah, é legal vai! A parte de encaixotar as coisas é a mais legal. Principalmente aqueles rádios velhos do pai, e as louças quebráveis da mãe. Tudo correndo nos conformes. Aquele vulco de gente palpitando, um ou dois trabalhando, aquela sede e fome insuportáveis. Hora de dar aquela paradinha pra recompensar os esforços.Sem pratos, sem talheres, sem cadeiras. Disk-marmita! (Onde colocamos a agenda?!). OH NÃÃÃÃÃO! Era meu espelho embaixo daquele guarda-roupa! E aquele sentimento todo. “Estou em êxtase”. E o mais incrível é como os donos da casa dão –se lindamente com os inquilinos. Mas, admito que a sensação ,“estou mudando”, é muito boa. Inclusive, agora, estou recordando um fato meu de mudança, muito engraçado que... (haha).
Mudança de cidade: É completamente estranho. Uma coisa é você fazer uma visita na cidade que a vó mora, passar uns dias na casa do tio no sítio, ou ficar as férias inteira enchendo o saco do primo mais velho na cidade grande. Sempre sabendo que depois dessas divertidas ‘saidinhas’, a sua casa, naquele endereço, naquela rua, e na SUA cidade, estará à sua espera. Outra coisa, beeeeeeem diferente, é você mudar, trocar, a sua cidade – o seu habitát – por outra. É desconfortável saber que a sua rotina naquelas avenidas, a freqüência nas lanchonetes, com aqueles amigos e vizinhos, acabou. Cada cidade, juntamente com as pessoas que a faz cidade, compõe um estilo peculiar de se viver. Geralmente, não estamos acostumados a tal estilo, e aí.. criticamos tudo, não queremos nada, nostalgia pura, e a vida nova na nova cidade se torna um caos! (Pode ser que isso passe, é.. isso passa!) “Eu era feliz lá e não sabia”. “(e) as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá”. Vai por mim, é assim!

Mudança de amigos: Diante das minhas besteiras e complicações, os amigos que fiz, por onde andei, são as minhas certezas. Pois, nunca consegui substituir nenhum amigo, e isso é lógico! E não é preciso mudar de casa, ou de cidade, para fazer novos amigos ou para trocar aqueles que temos. Nunca troquei de amigo. De qualquer forma, é quase que automático: mudamos e passado algum tempo, caímos no esquecimento. É simples. Mudança gera mudanças! É chato quando a gente liga ‘praquele’ amigo e percebemos que o tom da conversa está diferente. Nossas novidades já não são tão significantes, assim.. Mas quando combinamos/armamos algum churras especial para se reencontrar, e só pelo simples fato de se ver e fazer as coisas de antigamente, é delicioso. Fotos para o Orkut ; comentários como: “foi bom te ver de novo” , “o tempo fez bem pra você hein”, “precisamos marcar outro..”. [Plus: alguma festinha aí?]

Mudança de vida: Acho que ficou claro, que para encarar uma mudança, tanto radical quanto simples, é preciso ter coragem. Sou adepta a pensar que é Deus que promove as mudanças, e que pra cada uma é um propósito diferente a ser realizado. E que não são por acasos que as coisas acontecem. Também acredito que é preciso mudar. Faz parte. Parte do quê? Do nosso desenvolvimento, e ótimo para o nosso crescimento e fortalecimento nos relacionamentos. (Quantos ento(s)!). Como percebeu, eu não coloquei mudança de emprego, nem como mudança de gosto, e mudança de parceiros. No entanto, é claro, que elas também existem e são de difíceis adaptações. São elas que eu, juntamente com as demais, classifico fazer parte das mudanças de vida.

Para tornar esse papo de mudança mais esclarecedor e bonitinho,
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperança; Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem, se algum houve, as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, Que já foi coberto de neve fria, E em mim converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia,Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía."
Luiz de camões

So change! Kisscallme! Ananda.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dia dos Namorados, ah!


Cá estou para falar da temida data que me assola. Nunca soube como comemorar esta data, como também o seu intuito. Trazendo da história, há várias versões sobre o surgimento desse fantástico e célebre dia. O Dia Dos Namorados, conhecido no hemisfério norte como Dia de São Valentim, ou Valentine’s Day.

São Valentim, um bispo, que adorava realizar casamentos, fora proibido deste, durante o governo de Cláudio II. Valentim, não gostando nada disso, continuou a prática. O belo fim trágico: o padre foi condenado a morte. Um fim belo, pois era um padre que, efetivamente, acreditava no amor. E antes de sua morte casou-se com Assíria, filha do carcereiro . Porém, sem muitos detalhes históricos e voltando à minha revolta.

O tal dia também foi criado, como a maioria dos feriados e dias comemorativos, para visar lucro comercial. Sabe como é né..? O famoso slogan, “não é só de beijos que se prova o amor” apelou para o nosso lado consumista sentimental e...já é! Somos seduzidos a comprar as melhores pelúcias, escrever os melhores cartões, jantar romântico com direito a vinho e violino, ou um lanche do Nelson, com direito a catchup e maionese. Tanto faz. O importante é que nesse dia, corações apaixonados estão fervendo de amor, com direito a trilha sonora e tudo. Enquanto o dos “sorteirões”, que grande parte se considera “sortudo” (não o meu caso!), está totalmente frágil e tentando fingir que não se sentem nem um pouco hostilizados. Então... como definir 12 de junho? Uma data tão romântica e tão sem graça, para aqueles que não a apreciam, ou que curtem comemorá-la. E para aqueles que comemoram-na forçadamente? Um gesto insensível e anti-romântico? Fica aí, reflexão.

Tudo bem. A data existe em nosso calendário e como não podemos bani-la, sem aversões a ela! Portanto, o amor sendo o mais puro e belo dos sentimentos , diria um frasista clichê, que vivamo-lo. Em qualquer data e sem restrições. E para a solteiragem, esqueçam o dia 13, e tenham paciência: haverá o nosso dia.
Ananda. Kiscallme!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Motivo

Eu canto porque o instante existe
E a minha vida está completa
Não sou alegre nem sou triste
Sou poeta

Irmão das coisas fugidas
Não sinto gozo nem tormento
Atravesso noites e dias
No vento

Se desmorono ou se edifico,
Se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo

Sei que canto.
E a canção é tudo
Tem sangue eterno e asa ritmada
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada

MEIRELES, Amiga, Cecília.

Conduzindo palavras

"Sou capaz de viver por dois meses graça a um único bom elogio" - Mark Twin

"Vivemos num oceano de palavras. Mas, assim como um peixe na água, na maioria das vezes não temos consciência disso." (Stuart Chase - 1953)
Essa frase foi escrita em 1953 por um estudioso que havia realizado amplas pesquisas sobre o poder das palavras. Muita coisa mudou desde então. (...) Mas certas coisas nunca se alteram. Continuamos tendo tão pouca consciência do impacto causado por aquilo que dizemos quanto naquela época. Talvez tenhamos até menos consciência. (Hal Hurban - 2004)

As palavras causam impactos. Sejam lidas ou ouvidas, elas fazem a diferença.
"Palavras amáveis não custam nada, mas obtêm muito."

Pense nisso. É divertido, positivo e recompensador.

Apenas volte

Você me olhou, aproximou, eu nem senti
Como se o tempo pudesse mudar a garota que eu fingia não existir
Me olha, senta aqui, esqueça tudo o que disseram a meu respeito...

Sorri o teu sorriso
Tempo bom é estar contigo;
Flutuo nos teus olhos
Me afogo nos teus beijos...
... apenas volte


Foi mais do que um sonho, coloriu a minha noite
Nem as letras, nem as flores, explicariam o que eu sinto
Tudo mais além, mais além do que é bonito!

E em meio a multidão, não econtro o seu olhar
Me contento em saber que amanhã posso te ver,
Te encontrar...

A. & F. 21/05/09 - 02:37

segunda-feira, 1 de junho de 2009

SÓ VOCÊ

Sinto leve uma brisa..
leve, leve me tocar
A tua voz me faz sentir que está bem perto..
..perto como a respiração, linda como essa canção!

Você me ensina a viver

e me anima sem querer

Eu já não posso, já não

consigo não... só você!

De longe o vento traz

aquilo que me faz tão bem, tão bem..

suas palavras, meu sorriso

o teu silêncio, meu abrigo

o teu abraço protetor... acho que é amor!

Ananda Mendonça & Fernanda Fugii - 3:29h - 21/ 05/ 2009