sábado, 8 de agosto de 2009

Marmelada!


Uma semi-final e final programadas. Tudo balela! Tudo tão organizado quanto imaginávamos. Não estávamos tão tranqüilas quanto da primeira vez. A primeira vez foi um luxo. Quando subimos àquelas escadas e nos deparamos com o restante dos participantes, tivemos um sensação recíproca. O vermelho natural do rosto de uma de nós estava mais aparente do que nunca. As mãos congeladas; o frio, o calafrio. O suor do nervosismo. Ensaiamos o “ooo oooo” umas quatro vezes. Nos sentimos preparadas e ao mesmo tempo sem os pés no chão. Cantamos. “Arrasamos”. Se não fosse nossos amigos do peito, acompanhantes e familiares...

Na segunda apresentação estava tudo a favor do desconfortável. Aquele momento “ufa” de outrora já se baniu. A música é boa! As meninas são sensacionais. Até a nossa aparência com relação a roupas e a beleza natural também vai, rs, mudava o ar do cenário. Sinceramente, as pessoas nos temiam pela nossa imponência. Sorrisos tensos. Palavras de otimismo e conforto. Temos um sonho.

Tínhamos um sonho.

É certo que quando pedíamos à Deus a ajuda para ganharmos, lembrávamos que não era uma competição entre os melhores, e sim para quem estava mais preparado. (Na nossa cabeça, não!) Era uma competição, sim! Havia grana no jogo. E, afinal, estávamos preparadíssimas. E rolava um sonho conjunto. Queríamos o topo, sem escalar em ninguém. “O céu é o limite”.
Falando assim parece meio egoísta, um pensamento egocêntrico. É sim, bem pertinente. A torcida era o nosso termômetro.

Demos o nosso melhor, ou não. Faltava pouco. Agora não adianta jogar as culpas. Cada um fez o seu possível, e os jurados contribuíram para que no primeiro dia achássemos que éramos as invencíveis. Não nos faltava humildade, mas era coisa quase que certa. A terceira vez foi embaçado. Desafinação, ou não.

A nossa atitude denunciou o nosso erro e desapropriação daquilo que estávamos fazendo. Descemos com a cabeça baixa, desânimo, e um ar de derrota. Além claro do sonho corrompido. Uma demora. Após tudo o resultado. Não era o que esperávamos. Via-se em nosso olhos. Um 4° lugar injustiçado. Um 1° lugar injustiçado. Uma classificação desonesta. Uma desculpa esfarrapada. Preferência, independente de tudo , para os da cidade. Kilometros sem abrir a boca. Precisamos nos conformar? Revolta.

Tempo de perder, tempo de ganhar.

É tempo de agradecer.
Obrigada a todos que contribuíram para essa nossa iniciativa;
Por acreditarem que o nosso talento vai além de qualquer julgamento; e que
apenas começamos.
Pais, irmãos e amigos, que não mediram esforços.
E a Deus, que nos surpreende com a sua vontade, e que nos fortalece quando nos sentimos derrotadas.

Em especial: Grupo ABA. As melhores, sem dúvidas.

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