quarta-feira, 22 de julho de 2009

No meio do caminho tinha uma pedra,


(É provável que isso aconteça com a maioria das pessoas do planeta).
Às vezes me deparo com algumas situações e me pergunto: por que, raios, ela está acontecendo?

Não era apenas um voo (odeio esse acordo ortográfico), e nem um simples embarque.

Difícil não reconhecer quando, um sonho e a emoção do mesmo se tornar realidade estão estampados aos olhos daquele. É puramente singelo.

Tudo caminhava-se tão bem.
Justificativas e desculpas por todos os lados. Um NÃO objetivo, mas que no fundo (no meu fundo) não fazia um sentido grande. Menor ainda era o motivo pelo qual não deu dessa vez...

Naturalmente tentei jogar culpas, sem ao menos pensar que algo subjetivo e superior estaria por trás, “estragando tudo” ou não. Mesmo assim, sou grata.

Por uns instantes, vi diretamente do lixo do Aeroporto, todos os meus dias de preparo e de sonhos.

Quase não acreditei. Aquela espera na fila do check in, tentando controlar a minha ansiedade e observando a intensidade da impaciência alheia.

Mas, diria um outro frasista clichê, que nem tudo é em vão. E não foi.

Tudo, tudo foi recompensado e visto de uma outra maneira quando me lembrei das coisas que passei, e com as pessoas que passei até ali. Só então compreendi.

Fiz amigos. Conheci melhor aqueles velhos conhecidos.Vivenciei tardes, comidas, lugares e pessoas diferentes. Se não fosse pelo desentendimento entre cartorários e policiais, penso que jamais daria tanto valor àquele dia, àqueles favores, naquelas horas.

Chorei.

Enquanto aguardavam inquietamente na fila do embarque, abracei todos que pude. Tentando confortar e dizer que poderiam ir em paz, que estava tudo bem.
Fiquei do lado de dentro, na parte superior. Ainda com os olhos cheios de lágrimas.

Logo, meus olhos se encheram de brilho ao ver aquelas enormes máquinas voadoras.
E ao saber que eu não mais teria que entrar nelas.

Alívio.

Conheci duas figuras fantásticas.
Que me deram um reconforto.
Que me completavam com ânimo.

Campo Grande, Ribas do Rio Pardo e Paranaíba jamais serão as mesmas.

"Nunca esquecerei desse acontecimento
na minha vida de retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra."

E foi assim.


Beijomeliga, to em casa!

Um comentário: