tag:blogger.com,1999:blog-5079476891650075912023-11-15T13:06:10.273-06:00Me, mim, comigo.Toda alma é uma música que se toca.Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.comBlogger49125tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-55862554131844249542013-08-09T19:40:00.000-05:002013-08-09T19:43:34.188-05:00Final feliz <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Hoje, minha maior certeza é a de
que o tempo passa e que todos os dias estou ficando mais perto da morte. Não é
aquela morte anunciada, nem a morte de velhice, nem um acidente. É a morte
certeira, aquela que virá a qualquer momento. Aquela que não espera, não
anuncia, mas que não há dúvidas de que chegará. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pensar sobre a morte é terrível!
Dá medo. Aterroriza. Mas é preciso. É saudável e renova as forças de viver
melhor. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não estamos aqui por um acaso,
uma coincidência ou por sorte. Estamos porque, a cada um Deus traçou um
propósito. E, além do seu plano de salvação Ele nos deu uma missão. Essa missão
é levar a Sua palavra enquanto estivermos vivos, seja onde for e pra quem for.
Daí eu penso na ordem que Paulo, o apóstolo, deu: Pregue a palavra. Conheça,
transmita, torne-a compreensível e aplicável à vida dos outros. Ensine e leve a
outra pessoa a obedecer também. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quantas pessoas você conhece e
que cumprem essa ordem? Difícil, não é? E você? Desempenhando essa função? É
isso que me intriga. É preciso que sejamos “insistentes e dispostos”. Mas
antes, é preciso que preguemos. As outras pessoas precisam saber! Precisam conhecer
o amor, o verdadeiro amor! Precisam ouvir a verdade! Precisam saber que Deus a
quer mais do que tudo e que provou e que prova ainda, dando a ela a
oportunidade de escolher entre o bom e o ruim. É tão difícil assim? Todos
querem o bom, claro. Mas não. Elas precisam saber que apesar do livre-arbítrio,
temos a tendência de escolher o ruim. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A maior tragédia da vida é viver desperdiçando-a.
Se dedicar a coisas transitórias, infrutíferas e esquecer-se de viver a vontade
de Deus. Continuamente. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=507947689165007591" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não forje sua vida. Não finja
viver! Queira viver o outro lado da moeda, o lado bom. Escolha aproveitar sua
vida de maneira moderada para que possa cumprir a principal missão da qual você
veio parar neste mundo. Não esqueça que a única certeza que temos é de que a
morte chegará e com ela pode vir o arrependimento por ter chegado ao limite da
eternidade e não ter vivido o anseio soberano de Deus. <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Que possamos desfrutar do final
feliz dessa história que não termina aqui. <o:p></o:p></div>
Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-2460266831027667232013-05-21T22:50:00.001-05:002013-05-21T22:54:33.285-05:00... <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-O7jerxqfCyk/UZxAMXZ9LZI/AAAAAAAAAYc/gBsXHEx41Gk/s1600/tumblr_lore21b3tV1qfnvjdo1_500.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="304" src="http://3.bp.blogspot.com/-O7jerxqfCyk/UZxAMXZ9LZI/AAAAAAAAAYc/gBsXHEx41Gk/s320/tumblr_lore21b3tV1qfnvjdo1_500.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: 'Lucida Calligraphy'; font-size: 12pt; line-height: 115%; text-align: justify;">Há muito tempo não escrevo sobre nada. Sobre tudo. Sobre
minha vida, meus históricos amorosos, minhas reclamações em forma de apelo, meu
dia-a-dia de um jeito abençoado.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Há muito tempo perdi minha lembrança por escrever. Meu
gosto por lembrar. Minha vontade de tecer as palavras como as lançando fora de
mim. Não vivo mais pra isso. Escrever é viver contra o social, o aberto, o
esclarecido. É gritar sem voz na certeza que vão ouvir com os olhos e a alma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Há muito tempo não preciso disso. Tempo suficiente pra pensar
nos momentos claros. É tempo de impelir, não jogar pra fora. Nasci de novo para
o amor e quem nasce não sabe escrever ou não tem o conteúdo suficiente pra
formar um texto exigido quatro parágrafos. Sussurra, apenas. Gemidos
carinhosos, gritos de fome, sede e dorezinhas passageiras. Sequer sabe da existência
de seu coração. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Há muito tempo meu amor é um bebê de colo. Pronto pra não
ser entendido, só cuidado. Em posição de sentinela para qualquer abandono.
Segurando o coração num estreito espaço de peito, sem saber pra quê o serve,
sem notar que o mesmo pulsa. Desvelos delicados. Gestos de quem não quer perder o que parece
ser a razão de viver. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Há ‘não sei quanto tempo’ esperei por este tempo. Amo
como o amor me ensinou a fazer. Abrigo, acolho e sossego. Livre, leve e solta com a pessoa da minha vida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Abracei a paz e nunca, ou, há tempos não me sentia tão
bem. <o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-52387157232119085222012-07-02T20:59:00.001-05:002012-07-02T20:59:36.773-05:00Scarf and Macarons: Follow us<a href="http://scarfandmacarons.blogspot.com/p/follow-us.html?spref=bl">Scarf and Macarons: Follow us</a>: Twitter Tumblr FacebookAnanda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-72583942299124043152012-03-10T18:20:00.001-06:002012-03-11T00:06:38.058-06:00Fernanda<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-C9zlA8U9Vwg/T1vvosGBfWI/AAAAAAAAAWI/zPsY-e-ds50/s1600/100_0041.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-C9zlA8U9Vwg/T1vvosGBfWI/AAAAAAAAAWI/zPsY-e-ds50/s320/100_0041.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Romântica. Ousada. Divertida. </div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Foram os adjetivos que encontrei
ao procurar pelo significado do nome. Os mesmos que cabem às Fernandas que conheço
de quem quero falar aqui. Elas têm um carinho especial nos olhos e uma doçura
confortante no rosto. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não queria mais cachorro, nem
passarinho, nem peixe, nem espécie de animalzinho qualquer. Só continuar
apreciando em zoológicos, aquários e sítios. Alguns de longe, outros mais de
longe ainda. Adoro passar a mão rapidinho sobre um poodle. Ouvir o canto
repetido de uma andorinha. Tocar vacas da estrada dentro do carro. Correr de
galinhas. Observar um leão na jaula, pela televisão. Expulsar ao grito o gato chato
da vizinha todas as vezes que me visita. Na verdade eu não tenho o dom com
bichos. Já tive até um galo, mas não deu certo e foi comido num almoço de
família. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Num dia lindo, Mel – uma cadelinha
bem safada – deu cria. E dessa cria nasceu uma femeazinha com a cor do nome de
sua criadora. Dias depois recebi uma ligação de sua dona me pedindo que comprasse
um colchãozinho e comida para filhote e em seguida fosse buscar a minha cachorrinha.
Aquela mesclada. Cor de mel mal definida. Não tive tempo de pensar, recusar ou
agradecer. Imediatamente fui e com uma emoção pequena de ter uma companheira
correndo no quintal. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Engraçadinha. Fazia xixi no pé de
quem chegava perto como se ninguém se importasse. Como se soubesse que era
muito filhote, pequena, inofensiva e fofa pra apanhar. Ninguém soube o que
fazer. Logo começaram as pesquisas de como adestrar um filhote. Ou de como
ensiná-lo a não sujar de marrom o tapete da sala. Afinal ninguém é obrigado a entrar
numa casa com aquele cheiro de cachorro misturado a seu xixi e coco, que
costumeiramente são associados aos donos de casa. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Seu pêlo cresce tão rápido quanto
o meu cuidado por ela. Não sei dar banho, não gosto de amarrar laços que a
incomodam. Mas somos amigas. Quando taco a bolinha seu jeito faceiro me faz
correr junto dela pra ver quem pega primeiro. Ela gosta. É o que ela quer. Sentamos juntas no quintal e
conto o meu dia a ela contemplando a noite. Ela não reclama de afagos. Não
enjoa da companhia. Nunca se satisfaz da ausência de seus donos. Está sempre
por perto. Em todas as horas insuportáveis, improváveis e impróprias. Sem acepção
ou discriminação de quem é visita, querido, ou não. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O nome dela partiu de um apelido
que me dera. Um nome-apelido que me deu vontade, muitas vezes, em resolver por
mudar meu nome pra esse. Porque as pessoas têm medo ou preguiça de me chamarem
pelo meu nome, que é menor, não é feio e nem muito exótico. Mas essa roupa eu
lavo outra hora. A questão é que Fernanda é muito forte pra uma cachorra de
raça fofa. Pois teve que ser. E não se contentando, a família agregou mais uma
pessoa, não cachorra, que termina com Nanda. Daí vira aquela confusão de nomes,
apelidos, prefixos, sufixos, que acaba por se dar sub nomes aos apelidos, as
pessoas, que por pouco não perdem sua identidade e seus verdadeiros nomes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A verdade é que são tantas
Fernandas, Nandas e Fers que acaba virando uma festa. Apesar de não serem da
mesma raça, da mesma família, de não terem o mesmo sangue, são muito parecidas.
São dóceis e parecem quebrar. Ao mesmo tempo que prezam a todo custo pela
proteção dos seus. São espertas, aprendem rápido e nasceram para esperar, suportar
e se alegrar por qualquer faísca de amor. Não são tão passíveis de comparação,
mas seus olhinhos quando brilham parecem de uma só pessoa. Não brilham pela
mesma coisa, pelo mesmo ideal, pelo mesmo sentimento, mas brilham pelas mesmas
pessoas. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não importa como foram entrar na
sua vida, se por um acaso do dia ou por uma eventualidade da vida. Provocou-se
surpresa ou medo. Os nomes têm real importância e marcam seus donos, demarcam
seus territórios, não são esquecidos por onde passam. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O melhor de tudo isso é que não
tem nada a ver em ter o dom. </div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-73940286319041136122012-01-20T06:12:00.001-06:002012-01-20T06:19:35.216-06:00Com a palavra, o coração<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">Hoje meu coração acordou querendo falar... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><span id="goog_695156947"></span><span id="goog_695156948"></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-TpKntcODXiA/TxlaFAHUugI/AAAAAAAAAV4/djfjSMGkbF8/s1600/tumblr_lve7gkX9Cn1qegmnro1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-TpKntcODXiA/TxlaFAHUugI/AAAAAAAAAV4/djfjSMGkbF8/s320/tumblr_lve7gkX9Cn1qegmnro1_500.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">Devia ter me preparado pra
isso e esperado uma atitude que eu tanto cobrei mesmo depois da gente se
estranhar tanto? Mesmo depois de ter desistido centenas, e por que não milhares
de vezes? Ah, é tão ruim esperar. Pior que isso é ter esperança. Continuar a
esperar que a areia pare no ajuntamento das mãos sem que ela escorregue por
entre os dedos. Tentativa inútil de poupar o coração para o desgosto. É
torturar-se. Pois o coração é o que tem de mais orgulhoso em matéria de amor.
Não se submete a qualquer vontade sua. Suas paixões são escolhas próprias. Sem
dar direito a interferências. O coração não obedece a sociedade, tampouco quer
entendê-la. Só quer pulsar seja pro primeiro que encontrar seja pelo mesmo até durar.
<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">Todas as noites eu peço por paz.
Por calma. Por paciência. A gente tem esse defeito, de pedir paciência em
desesperos. De pedir por calma em prantos. Mas a gente pede porque se esgota
tudo o que há por fazer. Não há caminhos. A estrada é solitária. E nosso único
acompanhante é Deus. Não que isso não basta. Não que seja pouco. Eu quis dizer
que é só. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">Foi numa noite quente. As
estrelas sorriam ironicamente do nosso encontro. O pessoal da rua por pouco não
parou para nos assistir. A gente sintonizava os nossos rádios mais uma vez
naquela velha estação onde todos saíram de férias, permanente. Não havia mais freqüência modulada.
Eu queria conversar. Ele queria me tocar. Até que nos ajustamos como um aparelho
de rádio que não se usa mais. “Ele e você também não se usam mais. Caíram da
moda. Será que dá pra entender?” Não. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">Ridículo. A gente se abraçou
pela última vez. Cena que já aconteceu vinte vezes. Parecíamos só nós dois no
mundo. Falamos bobagens originais como “eu sinto sua falta”, “te amo tanto que chega
a doer”. Frases. Essas que saem e nos faz sentir poetas ou protagonistas de
novela. Respirações ofegantes. Vestígios do vício de querer beijar. Antiga
queda por seus abraços. Minha primitiva forma de amar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">Esse ano eu quero paz. A paz
que eu desejei ano passado, no retrasado e no outro, no outro... O que importa
é que continuo na esperança de que uma hora ela vem. Sem medir esforços. Sem
cobrar impostos. Juntando os destroços e jogando-os pro ar. Esse ano eu quero
que meu coração conheça novas aventuras. Que ele tenha novos desejos. Que ele bata
por mais pessoas. Que se engane por alguém estranho. Que não morra por alguém
que não morreria por ele. Quero um coração esperto como o de um menino travesso.
Desejo um coração maduro como de uma mulher que eu conheço. Anseio por um
coração sábio como o da mulher que eu quero ser. Quero um coração que viva no
coração de outra pessoa até ele não querer bater. Um coração que esqueça as dores do mundo. Que saiba escolher. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-36639172692565707352012-01-19T19:56:00.000-06:002012-01-19T19:57:07.064-06:00Conformar-se<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;"><b>Eu sei que o que irei escrever hoje é o contrário do que
sentirei amanhã.</b> E que a pergunta não será respondida. E que os questionamentos
jamais serão argumentados. Não há constâncias nas palavras. Só há frases
mutiladas, perdidas, feitas pra fuzilar, doer. Por que somos assim? Já disse
que não há resposta. Só há dúvidas e uma ponta de conformismo ao aceitar que
somos o que a vida nos fez ser. Por que agimos assim? Ora, já falei que não há
resposta. Talvez porque somos assim. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;"><b>Eu sei que a minha dúvida de hoje será a minha pergunta de
amanhã e a confusão que farei sempre.</b> O que acontece com as pessoas? Qual é a
delas em não querer se encaixar? Por que sempre quando um vem com a farinha o
outro já fez o pão? Onde está a graça em apressar e contrariar tudo? A verdade
é que o apressado além de comer cru, ainda come sozinho. Qual é a graça do
sozinho? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-iZwls7NYzQw/TxjJn7U3_8I/AAAAAAAAAVw/rabNiVbFMNg/s1600/..jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://3.bp.blogspot.com/-iZwls7NYzQw/TxjJn7U3_8I/AAAAAAAAAVw/rabNiVbFMNg/s320/..jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;"><b>Eu sei que eu quero hoje ainda vou querer amanhã e depois de
amanhã. </b><o:p></o:p></span></div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-67706221769040745222012-01-06T04:42:00.001-06:002012-01-06T04:45:03.205-06:00JulietaVim aqui contar um dedinho sobre meu fascínio por "Julieta", de Annie Fortier, presente de Ano Novo de uma querida amiga. A obra tem uma surpreendente levada que te prende. Faz-te querer ler a todo momento. Te volta a passados e se mistura de uma forma deliciosa com o presente. Misteriosa e ao mesmo tempo romântica, não seria de menos, é envolvida por um dos romances trágicos mais belos . Romeu e Julieta - Shakespeare Apaixonado. <br /><br /><br />"(...) Tia Rose sempre presumira que o mundo inteiro vivia num estado de loucura constantemente flutuante e que a neurosa não era uma doença, mas uma realidade da vida, como a acne. Uns têm mais, outros menos, porém só as pessoas verdadeiramente anormais não têm nem um pouco." <br /><br /><br />"(...) e fazer com que a vida não fosse um processo finito, mas uma passagem perpetuamente repetida por um buraquinho no tempo."<br /><br />Alguns terão perdão, outros castigo; <br />De tudo isso há muito o que falar. <br />Mais triste história nunca aconteceu<br />Que esta, de Julieta e seu Romeu. <br /><br />- ShakespeareAnanda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-73065152286814609612011-11-16T21:50:00.005-06:002011-11-17T07:10:06.191-06:00Um céu azul faz toda a diferença<a href="http://4.bp.blogspot.com/-QDfUOmod5b8/TsSFIQT4W0I/AAAAAAAAAVc/oXr4HYUEfA0/s1600/Nan.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"></a><a href="http://4.bp.blogspot.com/-QDfUOmod5b8/TsSFIQT4W0I/AAAAAAAAAVc/oXr4HYUEfA0/s1600/Nan.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 320px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-QDfUOmod5b8/TsSFIQT4W0I/AAAAAAAAAVc/oXr4HYUEfA0/s320/Nan.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5675807807257467714" /></a><div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; ">Sabe aqueles dias em que você acorda e sem pôr a cara pra fora, sem olhar em lugar algum, você já tem a impressão de que o céu está azul formando um dia lindo? Foi exatamente assim que eu vi o céu hoje. Acordei e tive a boa sensação de estar sendo protegida, e mais, sendo encorajada a viver mais um dia. Um dia lindo. Há tempos não via o dia assim. Presumia nunca mais ver. Não sei, aconteceu. Acordei diferente e sem remelas de choro no cantinho do olho. Acordei viva, sem excessos, normal. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; "><br /></span></p></div><div><div><div><div> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; ">Quando um relacionamento termina, seja ele um namoro, uma ficada, uma fisgada... tudo parece terminar. Nos primeiros dias tudo fica embaçado e só rola choro, lamento, grito e dor. É realmente uma coisa bem dramática. Você chora no quarto, no banheiro, assistindo tv, no almoço ou no jantar, na varanda, pela janela, dentro do carro, dentro da loja, do açougue, fazendo a compra do mês e principalmente ao atender telefonemas. Isso tudo quando não te dá tamanho desespero a ponto de não cumprir suas obrigações em luto ao amor. Deixar de tomar banho, o que é pior. Na verdade, não há nada pior. Tudo parece feio. Não há cor, não há sorrisos, não há palavras, não há sentido. Perde-se o foco. Parece que tudo está voando ao seu redor e você não tem nem forças pra deixar que isso não aconteça. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; "><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; ">Em meio a toda essa tristeza e melancolia, há duas palavras que precisam brotar e ser postas na prática para que tudo mude e volte em linha reta. Força. Um substantivo próprio e forte. Toda causa capaz de agir. Reação. Ação em contrário. Essas duas palavras tão fortes quanto suas definições são o objetivo de todo aquele que passa por uma separação. Separação, aliás, é uma palavra que provoca tumulto quando pronunciada perto de uma vítima do coração partido. Mas de onde vem a força para reagirmos a brusca queda do amor? <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; "><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; ">Raios de sol brilhavam em seu rosto. Quase que os cegava. Quando ele entrou pela porta eu pude ver dentro dos seus olhos. Olhar negro com profundidade. Quando ele abriu a boca sua fala se confundiu com meu ritmado coração que nessa hora não se conteve em acelerar. Senti uma emoção quente que saía de mim em forma de secreção das glândulas sudoríparas. Pensei em responder a ele mas sequer tinha escutado-o. E graças a efemeridade desse sentimento e do agir rápido da endorfina, voltei a meu estado normal horas depois que ele saiu de perto. Em nenhum momento eu pensei estar apaixonada. Mas senti que os estímulos acordaram o meu prazer. Por conta desse pequeno e extasiante acontecimento eu me desliguei do mundo e só fui me despertar quando me vi voltando o troco errado para um cliente antigo e chato. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; "><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; ">Quando você simplesmente se conforma e aceita estar solteira, a vida continua não tendo sentido, mas é acordada a esperança de que dias melhores e mais coloridos virão. É nos pequenos detalhes e situações que a emoção é percebida. O amor de antes ainda existe, pois ele não era da outra pessoa, portanto não morreu juntamente com ela. O amor de antes é seu e sempre foi. Ele nasceu dentro de você. Ele vive enquanto você existir e puder sentir a sutileza de uma gostosa paixão, mesmo que essa ponha a cara por 2 minutos. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; "><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span">Ah, e de onde veio a força? Dos cabelos de Sansão? De um grito do He-Man? Claro que não! Ela veio de um céu azul e de um dia lindo que Deus me presenteou logo quando acordei para reagir a todos os meus dias sem cor. </span><span class="Apple-style-span" style="font-size: 14pt; "><o:p></o:p></span></span></p></div></div></div></div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-17262368693727137782011-10-21T22:37:00.007-05:002012-04-30T13:11:11.444-05:00Insônia<a href="http://4.bp.blogspot.com/-x-JvNKp5-_M/TqI7dL1vSpI/AAAAAAAAASw/rdlxUWuGNqQ/s1600/Dormir.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5666156653765937810" src="http://4.bp.blogspot.com/-x-JvNKp5-_M/TqI7dL1vSpI/AAAAAAAAASw/rdlxUWuGNqQ/s320/Dormir.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 216px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 21px; line-height: 24px;">Não há lágrimas nem suor no travesseiro. O lençol está pela metade. A luz do quarto já escureceu. Fechar os olhos, coisa rápida. Só dois minutos e eu já estou dormindo. Vou sonhar e me preparar pra acordar amanhã. Não ouço ruídos. Não há barulho externo. Está tudo certo. Tudo ok! É só dormir. Focar em dormir. Pensar que eu preciso dormir, já que estou cansada e meu corpo está amolecido. Dormir. Eu preciso dormir. Não quero pensar em nada. Focar no sono, no cansaço, no dormir. Aquieta-se mente!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 21px; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 21px; line-height: 24px;">Perder o sono já se tornou algo constante. Dormir já é uma espécie de retalhamento. De dividir a dor em sonhos. Remexer na cama me dá náuseas. E eu só consigo pensar em você. Escrever essa frase não foi fácil. Ter que lê-la então, foi um suplício. Parece que te ligar pra nada, não custa nada. Mas é o esperar isso de você que me gasta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 21px; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 21px; line-height: 24px;">Como é triste a insônia. Você começa a pensar em coisas e trepensar sobre outras que não precisariam ser destacadas a essa hora, por esse motivo, tão sem necessidade de ser. Sentir vontade de escrever sem ter razão, especificidade ou por que. Está sendo uma noite vazia, triste, longa... Sem você. Que coisa ruim essa de não conseguir dormir e no fundo saber que se não houvesse você, não pensaria em nada e do nada viria o sono, a tranqüilidade e a paz que eu preciso pra adormecer.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 21px; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 21px; line-height: 24px;">Quantas noites em claro conversando e pulverizando cada palavra sua. Intercalando sua respiração com a minha. Ouvindo seu silêncio, quebrando sua fala. Jogando culpas, atracando carinho. Sofrendo as juras de amor que um dia foram ditas em hora errada, de maneira doentia e sem pensar no quanto iria mferir um dia. No dia em que um de nós descobriria que jurar é pecado. Ah, que saudade das horas noturnas que marcavam nosso ilusório, mas eterno amor. Ah, e como eu queria me livrar desse vício de pensar em você todas as noites, justo quando eu for dormir para poder sonhar com você... </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-16387535180740840512011-10-04T00:50:00.006-05:002011-10-04T01:01:48.258-05:00A lua sorriu pra mim<a href="http://2.bp.blogspot.com/-qdMnpBAJrrI/ToqfK4T2nzI/AAAAAAAAASo/axuCUYRU1nU/s1600/tumblr_lsigljvpfF1qbmvyro1_500.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-qdMnpBAJrrI/ToqfK4T2nzI/AAAAAAAAASo/axuCUYRU1nU/s320/tumblr_lsigljvpfF1qbmvyro1_500.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5659510891007614770" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="line-height: 115%; ">Estou leve. Tranqüila. Como se o oxigênio fizesse seu trajeto perfeitamente, sem curvas, sem desvios. De dentro pra fora, de fora pra dentro. Respiração controlada. Temperatura normal. Estado mental, equilibrado. Vontade de nada, só de viver. Viver! <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="line-height: 115%; "><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="line-height: 115%; ">A avenida está deserta de pessoas. <span> </span>As luzes dão brilho aos olhos. À frente um caminho livre, sem impasses, sem impedimentos, sem embaraços, sem nós. Nós, que já não existe mais. Que já não precisa mais morar em mim. Que já não mora. Expeliu-se como uma sujeira. Foi-se embora como um trem. Um trem carregado de sentimentos embargados que só estava à espera da próxima embarcação. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="line-height: 115%; "><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span"><span style="line-height: 115%; ">Vejo a lua sorrindo. Contemplo as estrelas. Sinto o toque das águas ao molhar meus pés. Ouvindo meu próprio suspiro. Rindo da minha própria risada. Prestando atenção na minha própria conversa. Parecendo um passarinho. Cantando não de felicidade, mas por estar desimpedida de buscá-la. Sendo eu em outras pessoas. </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 21px; "> </span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="line-height: 115%; "><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 21px; ">Vivendo. Calmamente. Sem angústias, sem atolo, sem sofrer. Estou levando meus queridos. Despachando alguns “amigos”. Sem preocupação. Devolvendo-me a minha própria vontade. Minhas convicções. Deixando minhas amarras e neuroses pra quando tiver que sobrevier. Vivendo o enquanto. O momento. A necessidade do agora. Libertando-me de tudo o que me impedia de viver, de sorrir. De ser. Abraçando minha vida. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 21px; "><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="line-height: 115%; ">Prefiro gastar meu tempo contando meu batimento cardíaco por minuto do que cansar meu coração. <o:p></o:p></span></p><div><br /></div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-2856014545049190172011-10-02T00:29:00.002-05:002011-10-02T00:38:09.139-05:00<p class="MsoNormal"><span style="font-size:16.0pt;line-height:115%;font-family: "Times New Roman","serif"">Am<b>or. </b><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:16.0pt;line-height:115%;font-family: "Times New Roman","serif""><b><br /></b></span></p> <span style="font-size:16.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language: PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA"><div style="text-align: justify;">Liguei-te, pois precisei compartilhar da minha dor. Hoje me veio à lembrança o dia em que eu me apaixonei por você, o dia em que te vi pela primeira vez, ou tanto faz. Aconteceram as duas coisas juntas. Mal me sabia que ali eu enfiara a foice no meu coração.</div></span>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-22130628716794783012010-12-12T19:29:00.002-06:002010-12-12T19:32:58.598-06:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/TQV3XCKdAsI/AAAAAAAAARE/Tf3NbeHFtWg/s1600/tumblr_lbdmgsMXUH1qd25bro1_500.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/TQV3XCKdAsI/AAAAAAAAARE/Tf3NbeHFtWg/s320/tumblr_lbdmgsMXUH1qd25bro1_500.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5549973353405416130" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; color: rgb(68, 68, 68); line-height: 19px; "><strong style="outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; margin-top: 0px !important; margin-bottom: 0px !important; "><div><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "><strong style="outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; margin-top: 0px !important; margin-bottom: 0px !important; "><div style="display: inline !important; "><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "><strong style="outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; margin-top: 0px !important; margin-bottom: 0px !important; "><i>Ela era uma só. Não havia outra e se quisesse compará-la com alguma coisa, seria com os tenros cogumelos dos bosques ou com as manhãs de bicicleta nas estradas impecáveis ou com as primeiras cerejas da primavera.</i></strong></span></div></strong></span></div></strong></span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; color: rgb(68, 68, 68); line-height: 19px; "><strong style="outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; margin-top: 0px !important; margin-bottom: 0px !important; "><br /></strong></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 19px; " ><span style="outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; margin-top: 0px !important; margin-bottom: 0px !important; "><b><span class="Apple-style-span" >Helga - </span>Antes do Baile Verde. </b></span></span></div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-79493174035956710162010-11-23T20:40:00.022-06:002011-01-17T19:48:11.060-06:00Adeus ao remetente<div style="text-align: center;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></i></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; "><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">"Quando olho para o meu passado, encontro uma mulher bem parecida comigo - por acaso, eu mesma - porém essa mulher sabia menos, conhecia menos lugares, menos emoções."</span></i></span></div><div><br /></div><div><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/TOx9XN5kWnI/AAAAAAAAAQ8/MiEdcBwExzY/s1600/tumblr_l7h5uwDXPU1qcmgpao1_500.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 194px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/TOx9XN5kWnI/AAAAAAAAAQ8/MiEdcBwExzY/s320/tumblr_l7h5uwDXPU1qcmgpao1_500.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5542943079207819890" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Algumas horas se passaram e ainda assim consigo ouvir claramente a tônica do seu ultimo argumento. Falado de um jeito como se o meu crime fosse um pecado tão imperdoável e superior aos seus. Ao mesmo tempo em que não aceita meu sacrifício a liberdade em nome de um suposto amor dispendioso. Como se tudo o que eu fizesse fosse por uma pretensão enorme em querer que as coisas saíssem do meu jeito, na minha hora e sem muita paciência. E sim, não é fácil. Nem tão difícil quanto colocas. Porém uma coisa é certa: não há argumento na vida que destrua a verdade que hoje se tornou tão constante em nossas vidas, somos errantes e apaixonados... Desde quando amanhecem todos os dias! <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">As escolhas nem sempre refletem o que pensamos ou sentimos, mas são fatores que podem mudar nossas vidas de lugar por tempo indeterminado. Com isso se aprende que quando tomamos uma decisão, seja ela pensada, forçada ou não, poder-se-á causar danos permanentes e irreversíveis. Não é uma regra errar nas escolhas quando somos tomados pelo coração, agimos pela emoção ou por qualquer sentimento que tome frente. Mas é quase um fato. Por isso, acredito que quando alguém escreveu que o sofrimento é opcional, esqueceu de acrescentar que ele também é passional, ainda mais quando se refere ao amor, e o que está ligado a ele. </p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Um dia desses, quando renunciei a esse blog, queria ter destruído todas as provas do passado que ainda insiste em sobreviver e assombrar. <span style="mso-spacerun:yes"> </span>Pensar que ontem não foi melhor e nem faria mais parte da minha história de hoje em diante. Mas, (e sempre tem um mas), só fiz com que isso não se tornasse mais público ou mais evidente... Embora dentro de mim tudo estivesse tão claro, tão vivo e tão marcado. Durante esse período de silêncio refleti sobre o significado dessas páginas e qual era mesmo a finalidade disso aqui. Também nunca entendi o porquê de sempre citar você em qualquer parte. O porquê de te fazer sempre a personagem principal e o leitor mais assíduo. Como se fosse ou como se lesse... Ou como se eu dependesse suplicadamente por tudo isso. E, nossa! Você não merece uma letra minúscula, quanto mais um texto, um trecho ou uma frase minha. Uma relação sem pele, sem motivo, sem nexo e sem amor... não tem necessidade de ser, de acontecer, não é mesmo?</p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">...</p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">O que me resta é aceitar e, definitivamente fazer com que essas referências sejam as ultimas, não só aqui, mas em qualquer lugar que eu me manifestar e existir. </p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Sem mais. </p>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-67669383068211212382010-10-27T14:27:00.002-05:002010-10-27T14:30:45.838-05:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/TMh9pqRzBxI/AAAAAAAAAQ0/M0WpMKVy-bY/s1600/kate-winslet-brilho-eterno-01g.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 215px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/TMh9pqRzBxI/AAAAAAAAAQ0/M0WpMKVy-bY/s320/kate-winslet-brilho-eterno-01g.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5532810296901699346" /></a><br /><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; "><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" >I'd never sing of love if it does not exist...</span></span></span></b></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; "><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></span></span></b></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px; "><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></span></span></b></span></div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-50709011690409227822010-07-08T09:42:00.005-05:002010-07-08T09:59:28.742-05:00<a href="http://2.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/TDXlBRglYXI/AAAAAAAAAPc/2u4z-5gmvMw/s1600/bird_girl_sky_birds_freedom_photography-7b9994a29cd90dcd3ae8ca3d80d77da4_h_large.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 214px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5491547130690888050" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/TDXlBRglYXI/AAAAAAAAAPc/2u4z-5gmvMw/s320/bird_girl_sky_birds_freedom_photography-7b9994a29cd90dcd3ae8ca3d80d77da4_h_large.jpg" /></a><br /><div><br /><br /><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-size:130%;">- <strong>Deus</strong>, você caminha nas reentrâncias do tempo, está infinitamente distante e infinitamente próximo, mas sei que seus olhos me espreitam. Permita-me captar seus sentimentos. Obrigada por mais um <em><span style="color:#993399;"><strong>sho</strong>w</span></em><strong> </strong>nessa surpreendente existência.</span> </span></div><div align="left"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span> </div><div align="left"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><span style="font-size:78%;">(O Vendedor de Sonhos)</span> </span></div></div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-69722921987567628452010-06-24T16:07:00.023-05:002010-06-29T21:27:32.018-05:00O amor em terceira pessoa<div align="center"><em><span style="font-size:85%;">"Porque deixar de amar assim não é normal. Não se desama dando um mero tchau."</span></em> </div><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/TCPLt-lzPpI/AAAAAAAAAPM/LCeyUojLm6o/s1600/2436652167_a5d4965f15.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 282px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5486452761823493778" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/TCPLt-lzPpI/AAAAAAAAAPM/LCeyUojLm6o/s320/2436652167_a5d4965f15.jpg" /> <p align="justify"></a>O nome dele na lista de contatos estava como <strong>NÃO ATENDER</strong>, e era pra respeitar essa regra que ela mesma impôs. Era pra simplesmente não atender! Era pra ela saber que jamais, em hipótese alguma, em qualquer lugar do mundo, haveria de atendê-lo. Como se fosse alguma notícia ruim, um cobrador ignorante, ou algum prisioneiro fazendo graça. Mas, depois de longas horas meditando se deveria ou não retornar, lhe fraudou, pois sua consciência já não apitava nenhum impedimento. <em><span style="font-size:85%;">Ela: – Oi, você me ligou?<br /><br /></span></em><em><span style="font-size:85%;"><span style="color:#330099;">- Liguei. E você esqueceu-se de mim?<br /></span>- Por que me ligou?<br /></span></em><em><span style="font-size:85%;"><span style="color:#330099;">- Porque me deu vontade, eu tenho saudade.<br /></span>- Saudade? Estranho...<br /><span style="color:#330099;">- Nossa, você tá tão rude!</span><br />- Queria que eu te tratasse como? Uma semana atrás, você desligou na minha cara, ficou todo nervosinho, e antes disse que me ligaria no outro dia. Quer que esteja numa boa?<br /></span></em><em><span style="font-size:85%;"><span style="color:#3333ff;"><span style="color:#330099;">- Você endoidou?</span><br /></span>- Só não tenho tempo pros seus ataquezinhos.<br />...<br /></span></em><em><span style="font-size:85%;"><span style="color:#330099;">- Como você está?<br /></span>- Bem.. e sua vida, como anda?<br /></span></em><em><span style="font-size:85%;"><span style="color:#330099;">- Tudo igual.<br /></span>...<br /></span></em><em><span style="font-size:85%;"><span style="color:#330099;">- Só queria te pedir desculpas por não me atentar aos detalhes que são tão importantes pra você.<br /></span>- Tá. Você me ama?<br /><span style="color:#330099;">- Você me ama?</span><br />- Perguntei primeiro!<br /><span style="color:#330099;">- Responde você!</span><br />- Não sei, não consigo..<br /></span></em><em><span style="font-size:85%;"><span style="color:#330099;">- Eu também não.<br /></span>- Então não ama!<br /></span></em><em><span style="font-size:85%;"><span style="color:#330099;">- Acho que.. - Está gostando, ficando ou curtindo outro?<br /></span>- Quê?!<br /></span></em><em><span style="font-size:85%;"><span style="color:#3333ff;"><span style="color:#330099;">- Sei lá, se estiver eu vou ficar feliz, porque a gente tá longe...</span><br /></span>- Olha, você sabe que descuidou, pensou que toda vez que te desse na telha ia me ligar e a idiota aqui ia dizer que ainda te amava. Mas tudo muda, as pessoas mudam... Os sentimentos mudam.<br /><span style="color:#330099;">- Então você gosta de outro.</span><br />-... Sim! (Choro) E eu não queria, mas você não fez nada pra não ser assim, não me deu escolhas.<br /></span></em><em><span style="font-size:85%;"><span style="color:#3333ff;"><span style="color:#330099;">- Como é esse cara?</span><br /></span>- Torto! Todo torto, todo errado. Totalmente diferente de você.<br /></span></em><em><span style="font-size:85%;"><span style="color:#3333ff;"><span style="color:#330099;">- Você não merece ele.</span><br /></span>- Mas quando a gente abre a porta pra uma pessoa entrar, qualquer uma entra!<br />...<br /></span></em><em><span style="font-size:85%;"><span style="color:#330099;">- Pra ser sincero, eu também estava apaixonado e só não te contei porque eu tinha pena, pois eu achava que você ainda gostava de mim...<br /></span>- Não quero ouvir! Tchau.<br /></span></em><em><span style="font-size:85%;"><span style="color:#3333ff;"><span style="color:#330099;">- Agora me ouve, eu deixei você falar... quero te falar a verdade também!</span><br /></span>- Não, eu não quero ouvir porque eu sei que é mentira, e me poupe da sua pena.<br /><br /></span></em></p><div align="justify"><em><span style="font-size:85%;"><span style="color:#330099;">-Ow, com você não dá!</span><br />- Nem com você.<br /></span></em><br />A distância não denota falta de amor. Mas a ausência sim. A falta de interesse, de comunicação, de apetite, e de confiança. A falta contradiz qualquer ventura do amor. Dizer que ama não implica em realmente amar. Essa certeza explica por si só. Ele pensava saber tudo sobre ela. Mas a verdade é que o que ele não sabe sobre ela daria um livro enorme e completo. Ela às vezes sentia dificuldade de respirar. Não queria incutir na sua cabeça o milagre do novo amor, de um recomeço, de um ponto final. Ela nunca foi tão feliz. Nunca gostou de justificar suas mentiras, mas se mentiu foi por proteção. Porque é fato: só protegemos quem amamos. Gastou todas as suas palavras, frases e pontos escrevendo sobre a tormenta que ele causava a ela. Sobre todas as vezes que seu coração palpitava de prazer por perceber seu cheiro. O reboliço no organismo. A dor psicológica.<br /><br />Não foi culpa dele. E não adianta culpar o acaso, as circunstancias, e o outro. A culpa é do tempo, que nunca dá trégua, que não cura as feridas, mas cicatriza a todas. O tempo é o agente do afastamento, do desligamento, do desamor. É incansável, inquieto e sabe quando a necessidade da satisfação fatalmente provocará a separação.<br /><br />Mas ele ainda busca resposta e sua vida está uma merda. Acredita que daqui a dez anos ele a encontrará e os dois viverão eternamente, como se fosse sina. Acredita que foram feitos um para o outro pois apenas ela consegue distorcer seus sentidos, enchê-lo de saudade e satisfazer suas lombrigas. Seu amor por ela não é mais identificável. Contudo, alguém botou um ponto final e retirou aquela amarga vírgula. Alguém ouviu sua súplica ou a dela. Mas, em algum canto da memória ele há de guardar todos os seus beijos, e sua pele cor de sereia. O cheiro do seu corpo e seu maldito gosto por los hermanos. Seu sonho de grinalda, e de algum dos quatro filhos ter os olhos da cor dos seus.<br /><br />Ele e ela. Sempre os dois.<br />Sempre indispensáveis em ambas as vidas. E é triste ter de ser eu a narrar este ultimo capítulo. Embora eu não acredite nesse fim, eles fizeram assim. Não foi eu que inventei essa história, e como uma mera expectadora, torço pra que ele acredite nessa mentira para que suas vidas rumam o caminho certo e escrevam suas próprias histórias. Que ela não viva essa mentira, mas que transforme-a em verdade. Que parem de viver e depender do suposto amor do outro. Que cessem todas as lágrimas. Que não sejam mais escravos das duras e doces lembranças. E que seja feita essa vontade. </div><div align="justify"></div><div align="justify">Hoje, eu fecho esse livro, mas sei que um dia alguém contará essa história. Sentirá seu coração arder como se estivesse vivendo-a e suspirará quando terminar falando que <strong>ela sempre o amou e que ele nunca a esqueceu.<br /></div></strong>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-81829443529127318522010-06-20T16:44:00.011-05:002010-12-07T13:46:36.921-06:00Enquanto isso, a paixão me distrai..<div align="justify"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/TB6OBiR8RtI/AAAAAAAAAPA/2ibHzvAffOg/s1600/3170822.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 222px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5484977553216915154" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/TB6OBiR8RtI/AAAAAAAAAPA/2ibHzvAffOg/s320/3170822.jpg" /></a>Tudo parece estar em divina ordem. Do jeito que planejei, ou melhor, do jeito que pedi. Nada a mais do que o exato esperado. Da calmaria e da serenidade desejadas. É bom que eu confesse que o que escrevo aqui, embora seja algo real e interiorizado, é bem próprio do momento, da leitura, da escrita. Ou seja, não penso nisso a todo o momento, e talvez eu nem viva o que realmente dito a toda hora. Tem muito mais nisso, ou menos do que se mostra. Há um exagero quando demonstro estar desiludida e perdidamente apaixonada por um ser que me esnoba e ignora tudo o que pra mim tem um gigantíssimo valor. E é constante a diminuição que me faço toda vez que expresso os sentimentos considerando que são inúteis perante essa minha forma de amar. A forma que encontrei pra mim. A forma que se desencontrou de mim.<br /><br />Quando o coloco em meus sonhos, estou puramente me punindo por guardar tanto engasgue aqui na garganta. Serei então uma eterna covarde, pois não há ilusão maior e mais excitante do que é transmitida num sonho. Há quem diga que coleciono homens errados e faço confusão dos certos. Se ele fosse uma peça para se colecionar, não seria a das mais raras, porém a mais delicada de todas. Pois todo cuidado com ele é pouco, sendo que o autoflagelo já nem existe mais.<br /><br />Continuamente penso nos meus ideais. Daquilo que quero pra mim, do que espero de mim. Nunca fui de planejar, nem de me prender a desejos repentinos ou estimulados por outros. E isso não inclui nenhuma paixonite, namorico ou bitoquita. É que sem perceber elas simplesmente acontecem. De repente a idéia do namoro sério, de estar com alguém e simplesmente planejar o casamento dos sonhos aparece... E toma conta de todo resto de senso que te sobra. Mas não toma o lugar dos teus reais objetivos, excluindo então esse pensamento duplo, gerando o mais egoísta de todos: <strong>Se</strong> realizar.<br /><br />Só sei que quando o via o mundo parava de girar, ou girava em tempo menor, ou rodava em velocidade excedida... Não sei. O que eu sei é que perdia o ar, o movimento e as palavras. Perdia-me. E que todos devem estar cansados de saber isso, inclusive eu. Esse acúmulo de sentimento cresce e se penetra de uma maneira tão fria no meu ponto mais sensível. Os pés, apesar de saberem o caminho estão viciados em praticar algumas rotas em círculos. As mãos estão preocupadas a todo instante, e com mania de tapar os olhos. São sentimentos mal-resolvidos, com forte perspectiva romântica e uma tendência incrível de se concretizar em amor. O que me dá medo porque o meu ideal é me apaixonar sem me prender, sem assustar, sem viciar. Por enquanto eu vou no embalo e fico nessa minha respeitável espera pela outra etapa, onde eu saberei, finalmente, outra vez, o que é amar. </div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-13533412265827361072010-06-15T22:41:00.006-05:002010-06-15T22:55:18.511-05:00E nesse tempo houve de tudo...<div align="justify"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 233px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5483213275429409234" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/TBhJbDWtEdI/AAAAAAAAAOw/l6KaOGArxr8/s320/2819442.jpg" />Não, não houve muito tempo.<br />Minhas últimas semanas foram as mais demoradas e tensas do ano. Acordava quase que todos os dias com a sensação da corda no pescoço. Na vontade de me anestesiar com qualquer coisa em que eu pudesse ver solução imediata, e perdurada. Com qualquer anfetamina que me cegasse por algumas horas. Sem nenhuma falação quando eu estivesse mofada no quarto com os fones de ouvidos a toda. Uma vontade de vomitar os deveres, repelir as tarefas ou simplesmente calar as pressões. A vontade de escapar por baixo, sem que ninguém me visse. Mas eu vacilo comigo mesma, pois minhas vontades e planos não passam de palavras que me motivam e não se ativam nunca. E só pra me ajudar, fui obrigada a ouvir as palavras mais inconvenientes, ao mesmo tempo tocantes, num tom menos ameno possível. “Você acha que se guarda se trancando no quarto, fingindo um tempo para os estudos... para de fingir estar em reclusão, e cresça!” Pronto. Depois dessa flechada no meu ego, só parei e fiquei. Senti-me toda esquisita e vivendo um período farsante. Parecia uma transição de fases, do tipo, já não sou mais uma criança, uma menina, uma normal. Do tipo, o que está acontecendo comigo? Onde eu quero chegar, ou, por que quero tanto parar? Afundei-me numa cova de dúvidas, numa caixa de serviços intermináveis, voltando com tudo ao meu espírito adolescente.<br /><br />E nesse tempo houve de tudo. Voltei a tumultuar a casa com meus gritos ardidos, cantando alto no banheiro, tirando uma nota no teclado e som no violão. Abasteci as plantas da chácara sem achar aquilo chato, ou parado. E a poeira nem me irritou mais. Vesti a calça e as botas. A temperatura interna era bem menor que a de fora. Revi meus amigos. Revivi o passado, e sim de uma forma imensamente melhor, só não me pergunte como. E a vibração do show foi tão prazerosa quanto a ressaca após ele. Também tentei arrancar violentamente aquele sentimento enraizado aqui (pois o número de tentativas não desqualifica o ato, né?) por isso, tentei. Não critiquei mais o dia dos namorados, apenas aproveitei meu sábado. Fechei o semestre com notas boas e na raspa. Tomei coragem e não te liguei. Sonhei com você de novo, e dessa vez não acordei ansiosa pra te ver a noite. Concordei com aquela amizade do ônibus. Te respeitei quando com um olhar me disse que passava dos limites. Tanto eu fiz que... que enfim. Estou sempre fugindo do que é difícil, complicado ou contrário. E sempre na dúvida quando tudo que existe é dividido em dois. Resolvi escolher por ver a vida que se passa fora do meu quarto. E assim me atrever a fazer o que mais me pesa, no que mais me cega, onde mais eu peco. Sem fugir ou me esquivar de nada, como aquelas palavras quiseram me dizer. Bom, não sei quantos centímetros, mas acho que cresci. Nessas semanas eu evolui.<br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Passei a entender que, os sentimentos são só ferramentas de retórica de uma das vozes do seu cérebro durante uma discussão interna sobre qual caminho seguir numa bifurcação. </div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-59834630260078088132010-05-14T12:24:00.014-05:002010-05-16T15:46:42.220-05:00Minha gratidão tem nome<div align="center"><span style="font-size:85%;">O que eu queria mesmo dizer é outra parte de mim, e já é dito de outra pessoa.</span> </div><br /><br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 278px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5471203898133362786" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/S-2e9Sn4uGI/AAAAAAAAAOU/kX6LlAt_v8Y/s320/3176711.jpg" /> <p align="justify">Toda vez que <strong>me esprimo</strong> há caldo de sobra.<br />Todos esses anos enxuguei os mais vivos momentos pra dentro do meu íntimo. Me arrisco em dizer que o melhor do que passei ainda não está por vir, mas do que já me aconteceu é de bom tamanho. Ontem, por um momento, notei que havia silêncio a ponto de ouvir somente os ponteiros do relógio em sua imposta missão misturados ao ruído dos meus céleres pensamentos. Do meu quarto ouço automóveis e caminhões na rodovia, e claro, sem distingui-los. E não há mais rota de avião, como já houve. Então percebo que algo mudou. Lógico! A todo instante muda, têm noção?<br /><br />Enquanto <strong>me extraio</strong>, posso lembrar do clima frio e estagnado de outrora. De quando vivia o colegial sem me dar conta de que o levaria pos alguns anos a frente, ou até pela vida toda.. quem dirá que não? Consigo recriar imagens velhas, sentir o cheiro que aquilo tinha, e refazer o ambiente com a ocasião. Éramos amigos insolúveis. Tínhamos uma adolescência em contratempo. Sonhávamos além do que sabíamos. Exigiam-nos bem mais do que podíamos. Mas sobrevivemos a tudo, e me aventuro por dizer que ainda é insolúvel. Ah, que falta me faz essa época; a cor dos sorrisos, o sabor dos bilhetes, o descompromisso com a vida, o sonhar em forma de fantasia, e a amizade que todos os dias existia. É tão triste pensar que nos tornamos <em>'pessoas grandes'</em>, como dizia o principezinho, e que <em>'pessoas grandes são assim'</em>. Têm necessidade de explicação, não são verdadeiramente compreensivas, e por vezes não te dão crédito dependendo da sua roupa. Hoje existe a distância, tanto de cidades quanto de escolhas que fizemos, e que as vezes é superada por recados periódicos no orkut, ou nem isso.<br /><br />Tentei <strong>me enxugar</strong> ainda mais e vi que sou consumida por lembranças que merecem o total primor. Me vi correndo pelas ruas enquanto o céu desabava, sem me importar por molhar os livros e cadernos, ou ficar ensopada correndo o risco de pegar qualquer doencinha aguda. Me ouvi cantando no tom mais fino e no volume mais alto no meio da rua, em plena madrugada ou em qualquer volta pra casa, músicas que estão vivas até hoje dentro de nós. Me achei brincando nas águas claras do rio de sempre, refletindo o feliz sentimento exposto ao sol. Sinto os meus pelos se arrepiando só de pensar em tudo o que passamos, que na verdade não passou.. ficamos! Fico anestesiada só por lembrar de todos os pedacinhos que exploramos, os cantinhos que inauguramos, as piadinhas que inventamos, os gritos que arrancamos, e da alegria que tivemos.<br /><br />Desculpem-me se eu os envolvi nisso. Talvez não fosse essa minha intenção, e sim de outro, que por pretensão ou acaso queria nos unir. Ainda que eu preze por minha liberdade, não quero me desprender de certas coisas. Pessoas, coisas não. Não há razão pra pressionarmos tudo, acontecerá naturalmente, de forma diferente. Nem há motivos pra chorar; se a amizade foi real e intensa, ela sempre volta. Forçar muitas vezes é um pecado! Por isso, não espero que todos os que são inesquecíveis pra mim voltem, mas que de alguma forma não me deixem. Nossas cenas, embora não intactas, ainda estão guardadas. Só há uma pausa solene entre elas, que a vida encarrega de fazer.<br /><br />Sei que foi estranho, mas me justifico por ser tão insone.<br /><br /><strong>Amigos</strong>,<br />obrigada pelas lembranças e noite não dormidas pensando nelas.<br />Sintam-se <em>abraçados</em>, <em>apertados</em> e <em>mordidos de leve</em> por mim, sempre. </p>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-41494889424099771182010-05-11T22:27:00.011-05:002010-06-16T08:16:14.958-05:00Meia terça-feira<div align="justify"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 263px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5470241063523714274" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/S-ozQ8MWBOI/AAAAAAAAAOE/OlkvKEnYCgA/s320/2852078609_da672e5060.jpg" />Adoro manhãs. Manhãs de sol escaldante ou de frio congelante. Manhãs com semi-roupas ou empacotada num moleton velho, de uma cor só, e embrulhada por dois edredons. Manhãs dormindo ou caminhando; sonhando ou trabalhando. Mas hoje é terça-feira, e acordei já era meia-manhã. O vento já havia dissipado as nuvens, e os passaros já estavam ensaiando o coro da manhã seguinte. Com os pés aquecidos pela pantufa, e o corpo frio mas protegido, fui até a cozinha... onde meu chá aguardava por mim. Me lembrei de uma entrevista de emprego que marquei na tarde passada pra hoje de manhã. Me limpei, me vesti, me perfumei e fui-me. Voltei pra casa achando que tudo "deu certo". Do jeito que pensei, ou mais. E continuo pensando assim!<br /><br />Minha cama estava do jeito em que a deixei, e o livro na página certa. Comecei a ler de onde parei, e decidi lutar por ela ... Resolvi pensar em algo que silenciasse a dor dela, e que resolvesse sua saudade. Estava farta de achar que se estragou por quem não a merecia! De olhar aqueles olhos que sempre te faziam mal. Ele é um incauto. Não cuida! Se deixa... e por vezes te deixa. Ele sabe, folga, não leva a sério. Ela é inconsequente, não sabe e leva tudo ao pé da letra. Ele a quer por algumas horas. Ela o quer interminavelmente. A dor dele é um fragmento, a dela é generalizada. Ela sofre mais, tá na cara! Mas é ele que chora sempre. Que liga quase toda semana. Ela corre e ele a pega. Ele foge e ela o perde! Toda vez que ela o vê desgraça o seu lindo rebolado. Ele perde a vergonha ganhando seu espaço. O corpo dela fica inerte. Ela é sofrivelmente linda, e é isso que ele diz, mesmo não vocalizando nada. Se percebem num olhar. A respiração daquele ar louco e apaixonado embaçava o vidro do carro. Mas ela sabe que na manhã seguinte aquela noite expressiva ficará ardente em sua memória. E para ele não significará muita coisa, ou apenas nada.<br /><br />Todos os dias ela acha que seus sentimentos relativo a ele são só provocações e impulsões. Os dele por ela são triviais e calados. Ela pensa que o coração dele é surdo, mas no final conclui que é somente mudo. Ele tem medo por ela ter tanta ousadia? Ou ele é covarde por ser tão insensível? Ela não sabe. Talvez se soubesse ela poderia apagá-lo do seu cerne. Nos recônditos ele abriga. Ainda. Que mal ela fez? Como eu gostaria de safar ela disso.<br /><br />Ouvi minha mãe me chamar, e despertei -me desse cesto de dúvidas e incertezas. Quando já vi, passava-se do meio dia, e depois dessa hora proibi-me de pensar em qualquer coisa que não faça sentido. E quanto a ela? Ela é a questão, a pergunta e a resposta. É a intensidade, o desespero e a coragem. Ela é a dor, a briga, ou a palha. Ela sou eu, ou ele, ou nada. Contudo o que é importa é que Ela vive dentro de mim e dele, embora não saiba. </div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-72321506905218861052010-04-22T12:50:00.009-05:002010-10-17T20:20:50.488-05:00O amor que desatina e faz doer<div align="left"></div><div align="justify"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/S9CQnpphPoI/AAAAAAAAANk/C8IVI0h678s/s1600/513631.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 247px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5463025358869708418" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/S9CQnpphPoI/AAAAAAAAANk/C8IVI0h678s/s320/513631.jpg" /></a>Um vento frio acordou minha pele. Tive a sensação de ser acordada por alguém, mas não percebi nenhuma alma perto. Meticulosamente abri os olhos, e não era um sonho. Estava realmente respirando.<br /><br />Não queria pensar sobre aquilo de novo. Estou ficando chata e repetitiva. Desordenando-me mais uma vez. Meus dias turvos voltaram. Horas intermináveis. Sua imagem me derruba. Respirar, ao invés de vida, me traz a dor. Não sei não mostrar ingratidão nessas horas. O meu mato estava seco, e mato seco é combustível. E é disso que me alimento. Das suas cenas, da sua voz, das suas frases. Ouço a canção mais triste. Aliás, qualquer ritmo ou qualquer nota se faz triste.<br /><br />Não quero falar sobre aquilo de novo. Deploro-me sempre que preciso te responder. Fabrico uma lágrima a cada vez que me pergunta. Meus músculos faciais paralisam a todo minuto que te ouvem. Sou um exagero, toda vez que preciso te explicar. Sua voz sempre foi minha canção de ninar, e seu cheiro meu despertar. Sonhei com você me abraçando. Um abraço apertado, suado e forte. Posso te ver com olhos fechados. Seu olhar é como um tiro. Sabe meu gosto, conhece minha forma. Vimos o sol, a chuva; o seco o molhado. Que raiva! Meus dias turvos voltaram...<br /><br />Não preciso reclamar sobre isso de novo. São desejos furtivos. A sua risada sempre funciona. Seu número em minha agenda é sempre recente. Seu tom é inconfundível. Algumas letras suas me machucam. As lembranças todas me cortam a carne. A qualquer estação do ano meu coração sente aquela dor familiar. Meu amor me barra. Prende. Sufoca. Seu amor me esgota. Tortura! Sou sua sombra, e você me persegue. Enquanto tentou me agradar, eu tentei me ajustar. Consegue ver em mim encantamento. Sabe chorar, ou atuar. Só quero gritar quando eu te vejo ou te imagino em alguma foto, em algum lugar, com qualquer pessoa.<br /><br />O silêncio e o escuro me incitam. Já esteve com alguém, não disse nada, e saiu sentindo que teve a melhor conversa da vida? Sim, com você é profundamente sempre isso! Teve o pior e o melhor de mim, e não soube entender. Sabemos da vida um do outro; dos piores momentos, até das melhores situações. Desfruta da minha melhor qualidade, e se deita em meu maior calo. Derreto-me de saudade. Finjo não sentir a sua falta, e me distraio com sua ausência. Estamos tão cansados. Deus sabe! Não desejamos parar, mas os sentimentos martelam. Tudo é uma harmonia de erro, nada adequado ou certo. Acostumamos a isso. Distâncias geográficas não mandam em nada! Principalmente quando há sentimentos reticentes.<br /><br />Morremos quando uma coisa boa acaba. Porém, não há como classificar se o que acontece é bom ou ruim, se acabou ou se é sempre um começo. Misturamos nossas histórias. Deliciamos do proibido. <em>‘Loucura? Talvez, mas não mais do que aquela que vivi’</em>. A noite não se atrasa. E o que eu sei é que <i><b>meu passado não morreu, e quase não dorme. </b></i></div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-58376841421004384972010-04-15T08:29:00.019-05:002010-11-24T08:09:12.995-06:00Conflitando e aprendendo<a href="http://4.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/S8cX27rHlUI/AAAAAAAAAM8/oH7pKUSF-Eg/s1600/3361481464_0c6ca43542.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 212px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5460359305708934466" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/S8cX27rHlUI/AAAAAAAAAM8/oH7pKUSF-Eg/s320/3361481464_0c6ca43542.jpg" /></a><em>"Se sofreu uma injustiça, console-se; a verdadeira infelicidade é cometê-la." (Demócrito)<br /><br /></em><div align="justify">Quem disse que contar alguns segundos resolve a situação, esfria os nervos, ou arrefece o estouro que está prestes a acontecer?<br />No meu boletim escolar carrego algumas discussões, que por alguma injustiça, não medi esforços para evitar. Lembro-me de uma situação engraçada/trágica que envolveu a psicodinâmica toda mais meus adoráveis amigos, pais, e professora. Aconteceu lá no fundamental, onde tudo é legal. Minha sala de aula era composta por um time de futebol amador. Sem reservas, sem bandeirinhas, sem treinador. Uma menina, e os patrocinadores (pais). Éramos a ameaça. Agitávamos o terrorismo nos menores, fazíamos as meninas pagarem lanche, e os professores chorarem. Num lindo dia percebemos que nossos aviões de papel não tinham turbinas, que o giz molhado não funcionava, e que tudo estava perdendo a graça. Foi aí que começamos a ofender a mãe, em total reciprocidade. Usávamos a profissão delas junto com a nossa personalidade e criávamos apelidinhos lindos/horrendos. Muito pestes, e sempre inquietos, inventamos um pra tia, a professora de ciências. Essa não gostou e nos dedurou para os patrocinadores, que nos colocaram de castigo, que resultou em NADA... Reuniões foram feitas. Até que um dia, dois comparsas mais eu fomos expulsos da sala e metidos a ficar no corredor para refletir, logo após uma intensa e quente briga com a tia. Nada que envolvesse os apelidinhos, mas por uma simples injustiça da parte dela, em não querer repetir a explicação. Afirmando que, “<em>entendendo você ou não, essa sala é um desgosto</em>”. Declarando altamente ser uma fã de Goethe: Prefiro uma justiça a uma desordem. Ela não soube como controlar, e se não sabe manipular, é melhor que nem ordenes! Então, partimos para a agressão- a verbal – onde tínhamos doutorado. Talvez você esteja escandalizado com tamanha atrocidade marginal da nossa/minha parte. Mas nós soubemos na infância a lutar contra as injustiças. A aquecer momentos críticos com tamanha lista de argumentos. Sem ter que disfarçar que estamos certos, ou confessar que não fizemos errado. Criamos, dentro de nós, um ninho de confiança e liberdade. Não nos tornamos corruptos ou assassinos, mas infiéis a lei do julgamento, da crítica cons(des)trutiva. Um problema? Talvez, mas não maior do que vivemos. O que faltou entender é o porquê da existência de pessoas que estabelecem suposições sendo que sequer fazem juízo. O tal do preconceito, do julgar, do arremessar pedras. Quem não ajuda que não atrapalhe! Quem não dá a mão para ajudar alguém a subir, que pelo menos não desça o pé! Entre outros jargões. Sempre me ensinaram a questionar pelos meus atos. A olhar as atitudes dos outros e entender- compreender-ajusta-las. Se não for pra apresentar mudanças, não haverá razão em xingar! Ora, não estou tencionando que sou uma injustiçada e que mereço mimos e piedade por isso. Só estou exteriorizando esse sentimento que há aqui dentro e que não há espaço para enraizar. A questão não é interpelar a injustiça, ou querer a extinção dela, mas saber como fazê-la ou interpretá-la. Porque cometê-la, não há ser humano que não o faça. Minha intenção nunca foi ser um problema social, embora minha mãe tenha me alertado a isso. Não saberia conduzir greves, estimular protestos ou começar um abaixo-assinado. Mas sei polemizar. E há tempos fazer isso não era necessário. Tudo é uma questão de escolha e conseqüência. Da ação e relação, do falar ou o olhar, do entender e aprender. Independente de motivações, critérios estabelecidos, justiça mal resolvida. De provas mal corrigidas ou de crianças mal educadas. É apenas uma luta interna... <strong><span style="font-size:130%;">ou você estraga tudo, ou você se cala!</span> </strong></div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-84113631601906081332010-04-13T13:27:00.004-05:002010-04-13T13:40:16.785-05:00Solidão<a href="http://4.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/S8S6RzDmYiI/AAAAAAAAAM0/MrErE1RAq9g/s1600/2396733.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 214px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459693463205732898" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/S8S6RzDmYiI/AAAAAAAAAM0/MrErE1RAq9g/s320/2396733.jpg" /></a><br /><div align="center">Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... </div><div align="center">isto é <em><strong>carência</strong></em>!<br /><br />Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... </div><div align="center">isto é <strong><em>saudade</em></strong>!<br /><br />Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... isto é <strong><em>equilíbrio</em></strong>!<br /><br />Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... isto é um <strong><em>princípio da natureza</em></strong>!<br /><br />Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... </div><div align="center">isto é <strong><em>circunstância</em></strong>!<br /><br />Solidão é muito mais do que isto.<br /><br />SOLIDÃO é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão, pela nossa alma.<br /></div><div align="center"></div><div align="center"><br /></div><div align="center"><span style="font-size:78%;">(Fátima Irene)</span> </div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-45391295012762045702010-04-01T17:07:00.009-05:002010-11-23T19:53:36.696-06:00Solilóquio<div align="justify"></div><div align="justify"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/S7UafL8EkVI/AAAAAAAAAMM/tKQuHC3OjwI/s1600/Umpas+032.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5455295646712238418" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/S7UafL8EkVI/AAAAAAAAAMM/tKQuHC3OjwI/s320/Umpas+032.jpg" /></a></div><div align="center"><span style="font-size:78%;">(No céu do rio Paraná, 28/03/10. )</span></div><div align="center"></div><div align="left"><span style="font-size:78%;"></span></div><div align="justify">Há semanas eu ansiava por isso. Não sei se por tanto querer, ou por não saber ao certo se queria mesmo ou não. Tufões de ansiedade e medo. Sentimentos que inebriavam-me. Alguma coisa aqui perto me dizia que era distante que encontraria a paz. Então eu me hesitei. Só então me controlei...<br /><br />Uma sorridente manhã de sábado. Malas repletas de roupas. Bolsas com perfumes, xampus e bolachas. Pausas estranhas para contemplar a preocupação de não esquecer nada. O grito de pressa da mãe. Os últimos retoques no rosto, no corpo e na pele. A despedida eterna por dois dias fora. O ônibus. O pessoal. A alegria. O tchau! Aquela bagunça cor de baunilha que não irritava nem o motorista. A voz gutural do meu irmão, companheiro de poltrona. A conversa fiada. O ressonar dos mais velhos. A estrada. As cidades de antes. O sol que me levou as lembranças. A música gritada lá atrás. A saudade comprimida. A vista do rio. A altura da ponte. A insígnia que caracterizou a chegada. A expectativa do momento. A surpresa que haveria. No começo alguém parecia uma inexorável imagem, que passaria disso para palhaço no fim. A entrega das camisetas. O recolher do tempo. A acomodação. A brincadeira. A dinâmica. A sintonia. A harmonia. A <strong>renúncia</strong>. O acampamento!<br /><br />À noite, ainda ouvi algum cantar de pássaro. Um cantar de grupo. Uma cantada de alguém... O lanche que satisfez, a brincadeira divertida que cansou, a música que cessou. A lua, o mato, o rio. A oração, novamente uma canção. O balanço, que me fez venerar, ainda mais, a gravidade. A garoa que vi que tocou, que nos molhou. O toque de recolher, apenas recolher... Porque dormir, NÃO FOI O CASO! Um monte de besteiras ditas sem pensar. Flores jogadas pela janela. O tempo que passava pela quantidade de palavra traduzida. A música, o sono, o sonho... <span style="font-size:130%;">Quem deu aquela buzina de gás na mão dele?</span> O tendo que acordar e tendo que sorrir na hora que o galo nem pensava em cantar! Fingir que dormimos. Disfarçar as olheiras. Comer, beber e aproveitar!<br /><br />Aspirei à paz. Aquela que, um dia atrás, alguém professou que encontraria. E então, descobri que família é uma benção, e abrange muito mais que fitas de DNA iguais. E aprendi que meus dias podem se encher de <span style="color:#ff0000;"><strong>flores</strong></span>, de <span style="color:#ff6600;"><strong>cheiros</strong></span> e de <span style="color:#993399;"><strong>amores</strong></span> se eu assim permitir. Que a areia fina também combina com peixes de água doce, e que há transparências nos rios. Que perco gramas caminhando por elas. A sensação de soltar balões é coisa fina. Que muitas pessoas junto não significa multidão; e poucas junto não é solidão. Que há <strong>Deus</strong> nas pessoas, nos abraços e nas palavras. E que é <strong>forte</strong>! E que a saudade pode estar comprimida, mas não desaparecida. E que é impossível manter-se alegre, feliz e cantante...<br /><br />Na direção do <span style="color:#3366ff;"><strong>azul</strong></span>, é lá que olho e vem de lá o que sinto!</div><div align="justify"></div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-507947689165007591.post-72675015655904750032010-03-20T23:16:00.009-05:002010-03-21T15:38:11.532-05:00Por outra estação<em>O amor vem vindo...</em><br /><div align="left"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/S6WfYBEV7mI/AAAAAAAAALw/dDH-GBBCWPU/s1600-h/2404603.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5450938158954180194" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 229px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_fWL3UEBB_00/S6WfYBEV7mI/AAAAAAAAALw/dDH-GBBCWPU/s320/2404603.jpg" border="0" /></a> <em>cuide-se, você pode ser atropelado!<br /></em><br />Alguém que ama não conhece limites.<br />Não sabe quando começou, nem porque terminou, nem porque há tanto amor.<br />O ser humano se entrega, flutua, e passa a bloquear outros sentidos. Ama demais! Anda suspirando, e com sensações de que tal amor o leva até as nuvens.<br />Eu falo de <strong><span style="color:#ff0000;">amor</span></strong>.<br /><br />A chegada é sempre mais lenta que a partida.<br />Chega exatamente quando uma porta se fecha, quando o coração se distrai, quando há uma zona de sentimentos no ar. Quando nada impede de amar.<br />O amor sem querer ser é intruso. É revoltante querer entendê-lo, sendo que sequer possa senti-lo. É um processo cheio das melhores sensações de prazer universais. Seja pela carência ou excesso, confusão ou retrocesso, o amor acaba. Ou esfria. Simplesmente passa...<br /><br />E aí eu idealizo o relacionamento passado. <strong>Não evito qualquer contato</strong>. Um pseudo-amor inacabado. Detalhes que foram desperdiçados. Sorrisos que se inverteram. Suspiros que se esfarelaram. Palavras mal-pensadas. Corações despedaçados! E sofro exagerado!<br /><br />A partida ligeiramente parte, fragmenta tudo!<br />Já é sabido que mulheres não têm mistério algum. Codificamos o que queremos dizer, mas há aqueles que sabem perfeitamente o que queremos falar. E quando dizemos “será melhor para nós dois”, estamos assinando o termo de compromisso do final supremo de uma relação. E os homens não! Eles tomam atitudes rápidas demais, ou não. Usam termos simples, mentirosos, e desoladores. Não suportam ver seu orgulho ferido. Com essas atitudes repentinas, muitos homens se arrependem! Não tem volta, mesmo! E sofrem, choram, <strong>ligam</strong>.<br /><br />De repente, se encontra a mais doce satisfação em ouvir aquela voz. Quando você pensa que está indo, inevitavelmente, está voltando milhas; o desamor causa estragos, e feridas que demoram a cicatrizarem. Então, tudo não passa de um processo lento e dolorido. Vai por mim, não adianta resmungar, espernear, gritar ou xingar. Isso, é claro, te trará um prazer absoluto e momentâneo, mas o normal é que espere o tempo molhar... E secar!<br /><br />Para alguns pode ser que eu esteja misturando o sentimento mais nobre com o mais insano e louco de todos. Outros dirão que sou completamente confusa e só sei complicar o fácil. Para mim, embora calejada, demonstro moralmente minha total ‘<strong><em>incompetência, quando o assunto é amor’</em></strong>.<br /><br />Somos invariavelmente atraídos e sentimos melhor junto de pessoas que comungam de nossos valores, nossas crenças e convicções. O amor não é cego. Mas pode ser exigente demais. Pois aí, quando atravesso a rua e me assusto com alguém buzinando pra mim, ou quando me afogo as magoas assistindo aquele filme que me fez chorar toda vez, ou quando, na hora que preciso dormir, me tento a escrever, pensar ou ligar, é que eu consigo lembrar o quanto minha vida amorosa é triste. Exijo-me demais. Quem sabe no outono, tudo não melhore, e eu encontre a sorte.<br /><br />Enfim.<br />Não pense que num “<strong>é melhor assim, para os dois</strong>” não haja mais do que se possa imaginar.<br /><br /><em>“Se sentir saudade, mate-a.<br />Se perder um amor, não se perca!<br />Se o achar, segure-o!”</em></div>Ananda Mendonçahttp://www.blogger.com/profile/17628311802175963210noreply@blogger.com3