É como se meu coração estivesse explodindo de tanto querer escrever, falar, mostrar ou pesar....

Não é, exatamente, pra refletir nisso. Pois a nossa balança, geralmente é parcial. Parcial a nossas escolhas, a nossos objetivos e a nossas intenções em relação ao que queremos pesar. Tem certos abraços que são puramente mágicos. Tem elogios que nos emocionam. Mas tem casos que isso pode não acontecer. De uma parte ou de outra. Amor nem sempre é bem-vindo, ou bem dado. Tem carros que são mais confortáveis, trazem mais diversão, ou são mais perigosos. Há chocolates que elevam o estado de espírito, seu auto-estima, ou que fazem uma banha quilométrica aparecer (Não necessariamente, e nem com tantos quilômetros assim). Mas o intuito dos presentes é provocar mudanças, transformações e efeitos. E reflexões sobre injustiça, "o que foi que eu fiz?", etc. E o intuito desse texto pode ser totalmente reverso a isso tudo!
Nos finais de ano eu costumo fazer um balanço. As vezes faço isso sem querer, sem pensar que estou fazendo, ou sem pretensão alguma por fazer. Embora eu tenha parado de usar agendas para especificar meus fatos em datas, ainda uso meu caderno, onde contêm apenas frases dos meus acontecidos. E isso me ajuda. Ajuda-me a ser justa. A ver de todos os ângulos, formas e conteúdos. A opinar direito. A rever conceitos. A pesar sem preconceitos. Ajuda-me a calcular o valor, os erros, os acertos e os preços.
Pesar e não julgar. Pesar gestos, palavras e atitudes. Verificar a proporção de cada. Medir o tamanho. Talvez intensificar o peso. E aí sim, finalmente dar o valor. O valor merecido, prestado e intencionado. É nessa balança de fim de ano que procuro dar prioridade a família que é inatingível, e sempre companheira. Dar importância aos amigos que combinam com todos os dias da semana e finais de semana. Recompensar todos os meus esforços, com sorrisos de satisfação. E agradecer a Deus, por ter me dado o ano, a balança e o que pesar.