Me, mim, comigo.
Toda alma é uma música que se toca.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Final feliz
terça-feira, 21 de maio de 2013
...
segunda-feira, 2 de julho de 2012
sábado, 10 de março de 2012
Fernanda
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Com a palavra, o coração
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Conformar-se
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Julieta
"(...) Tia Rose sempre presumira que o mundo inteiro vivia num estado de loucura constantemente flutuante e que a neurosa não era uma doença, mas uma realidade da vida, como a acne. Uns têm mais, outros menos, porém só as pessoas verdadeiramente anormais não têm nem um pouco."
"(...) e fazer com que a vida não fosse um processo finito, mas uma passagem perpetuamente repetida por um buraquinho no tempo."
Alguns terão perdão, outros castigo;
De tudo isso há muito o que falar.
Mais triste história nunca aconteceu
Que esta, de Julieta e seu Romeu.
- Shakespeare
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Um céu azul faz toda a diferença
Sabe aqueles dias em que você acorda e sem pôr a cara pra fora, sem olhar em lugar algum, você já tem a impressão de que o céu está azul formando um dia lindo? Foi exatamente assim que eu vi o céu hoje. Acordei e tive a boa sensação de estar sendo protegida, e mais, sendo encorajada a viver mais um dia. Um dia lindo. Há tempos não via o dia assim. Presumia nunca mais ver. Não sei, aconteceu. Acordei diferente e sem remelas de choro no cantinho do olho. Acordei viva, sem excessos, normal.
Quando um relacionamento termina, seja ele um namoro, uma ficada, uma fisgada... tudo parece terminar. Nos primeiros dias tudo fica embaçado e só rola choro, lamento, grito e dor. É realmente uma coisa bem dramática. Você chora no quarto, no banheiro, assistindo tv, no almoço ou no jantar, na varanda, pela janela, dentro do carro, dentro da loja, do açougue, fazendo a compra do mês e principalmente ao atender telefonemas. Isso tudo quando não te dá tamanho desespero a ponto de não cumprir suas obrigações em luto ao amor. Deixar de tomar banho, o que é pior. Na verdade, não há nada pior. Tudo parece feio. Não há cor, não há sorrisos, não há palavras, não há sentido. Perde-se o foco. Parece que tudo está voando ao seu redor e você não tem nem forças pra deixar que isso não aconteça.
Em meio a toda essa tristeza e melancolia, há duas palavras que precisam brotar e ser postas na prática para que tudo mude e volte em linha reta. Força. Um substantivo próprio e forte. Toda causa capaz de agir. Reação. Ação em contrário. Essas duas palavras tão fortes quanto suas definições são o objetivo de todo aquele que passa por uma separação. Separação, aliás, é uma palavra que provoca tumulto quando pronunciada perto de uma vítima do coração partido. Mas de onde vem a força para reagirmos a brusca queda do amor?
Raios de sol brilhavam em seu rosto. Quase que os cegava. Quando ele entrou pela porta eu pude ver dentro dos seus olhos. Olhar negro com profundidade. Quando ele abriu a boca sua fala se confundiu com meu ritmado coração que nessa hora não se conteve em acelerar. Senti uma emoção quente que saía de mim em forma de secreção das glândulas sudoríparas. Pensei em responder a ele mas sequer tinha escutado-o. E graças a efemeridade desse sentimento e do agir rápido da endorfina, voltei a meu estado normal horas depois que ele saiu de perto. Em nenhum momento eu pensei estar apaixonada. Mas senti que os estímulos acordaram o meu prazer. Por conta desse pequeno e extasiante acontecimento eu me desliguei do mundo e só fui me despertar quando me vi voltando o troco errado para um cliente antigo e chato.
Quando você simplesmente se conforma e aceita estar solteira, a vida continua não tendo sentido, mas é acordada a esperança de que dias melhores e mais coloridos virão. É nos pequenos detalhes e situações que a emoção é percebida. O amor de antes ainda existe, pois ele não era da outra pessoa, portanto não morreu juntamente com ela. O amor de antes é seu e sempre foi. Ele nasceu dentro de você. Ele vive enquanto você existir e puder sentir a sutileza de uma gostosa paixão, mesmo que essa ponha a cara por 2 minutos.
Ah, e de onde veio a força? Dos cabelos de Sansão? De um grito do He-Man? Claro que não! Ela veio de um céu azul e de um dia lindo que Deus me presenteou logo quando acordei para reagir a todos os meus dias sem cor.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Insônia
terça-feira, 4 de outubro de 2011
A lua sorriu pra mim
Estou leve. Tranqüila. Como se o oxigênio fizesse seu trajeto perfeitamente, sem curvas, sem desvios. De dentro pra fora, de fora pra dentro. Respiração controlada. Temperatura normal. Estado mental, equilibrado. Vontade de nada, só de viver. Viver!
A avenida está deserta de pessoas. As luzes dão brilho aos olhos. À frente um caminho livre, sem impasses, sem impedimentos, sem embaraços, sem nós. Nós, que já não existe mais. Que já não precisa mais morar em mim. Que já não mora. Expeliu-se como uma sujeira. Foi-se embora como um trem. Um trem carregado de sentimentos embargados que só estava à espera da próxima embarcação.
Vejo a lua sorrindo. Contemplo as estrelas. Sinto o toque das águas ao molhar meus pés. Ouvindo meu próprio suspiro. Rindo da minha própria risada. Prestando atenção na minha própria conversa. Parecendo um passarinho. Cantando não de felicidade, mas por estar desimpedida de buscá-la. Sendo eu em outras pessoas.
Vivendo. Calmamente. Sem angústias, sem atolo, sem sofrer. Estou levando meus queridos. Despachando alguns “amigos”. Sem preocupação. Devolvendo-me a minha própria vontade. Minhas convicções. Deixando minhas amarras e neuroses pra quando tiver que sobrevier. Vivendo o enquanto. O momento. A necessidade do agora. Libertando-me de tudo o que me impedia de viver, de sorrir. De ser. Abraçando minha vida.
Prefiro gastar meu tempo contando meu batimento cardíaco por minuto do que cansar meu coração.
domingo, 2 de outubro de 2011
domingo, 12 de dezembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Adeus ao remetente
Algumas horas se passaram e ainda assim consigo ouvir claramente a tônica do seu ultimo argumento. Falado de um jeito como se o meu crime fosse um pecado tão imperdoável e superior aos seus. Ao mesmo tempo em que não aceita meu sacrifício a liberdade em nome de um suposto amor dispendioso. Como se tudo o que eu fizesse fosse por uma pretensão enorme em querer que as coisas saíssem do meu jeito, na minha hora e sem muita paciência. E sim, não é fácil. Nem tão difícil quanto colocas. Porém uma coisa é certa: não há argumento na vida que destrua a verdade que hoje se tornou tão constante em nossas vidas, somos errantes e apaixonados... Desde quando amanhecem todos os dias!
As escolhas nem sempre refletem o que pensamos ou sentimos, mas são fatores que podem mudar nossas vidas de lugar por tempo indeterminado. Com isso se aprende que quando tomamos uma decisão, seja ela pensada, forçada ou não, poder-se-á causar danos permanentes e irreversíveis. Não é uma regra errar nas escolhas quando somos tomados pelo coração, agimos pela emoção ou por qualquer sentimento que tome frente. Mas é quase um fato. Por isso, acredito que quando alguém escreveu que o sofrimento é opcional, esqueceu de acrescentar que ele também é passional, ainda mais quando se refere ao amor, e o que está ligado a ele.
Um dia desses, quando renunciei a esse blog, queria ter destruído todas as provas do passado que ainda insiste em sobreviver e assombrar. Pensar que ontem não foi melhor e nem faria mais parte da minha história de hoje em diante. Mas, (e sempre tem um mas), só fiz com que isso não se tornasse mais público ou mais evidente... Embora dentro de mim tudo estivesse tão claro, tão vivo e tão marcado. Durante esse período de silêncio refleti sobre o significado dessas páginas e qual era mesmo a finalidade disso aqui. Também nunca entendi o porquê de sempre citar você em qualquer parte. O porquê de te fazer sempre a personagem principal e o leitor mais assíduo. Como se fosse ou como se lesse... Ou como se eu dependesse suplicadamente por tudo isso. E, nossa! Você não merece uma letra minúscula, quanto mais um texto, um trecho ou uma frase minha. Uma relação sem pele, sem motivo, sem nexo e sem amor... não tem necessidade de ser, de acontecer, não é mesmo?
...
O que me resta é aceitar e, definitivamente fazer com que essas referências sejam as ultimas, não só aqui, mas em qualquer lugar que eu me manifestar e existir.
Sem mais.