sábado, 20 de março de 2010

Por outra estação

O amor vem vindo...
cuide-se, você pode ser atropelado!

Alguém que ama não conhece limites.
Não sabe quando começou, nem porque terminou, nem porque há tanto amor.
O ser humano se entrega, flutua, e passa a bloquear outros sentidos. Ama demais! Anda suspirando, e com sensações de que tal amor o leva até as nuvens.
Eu falo de amor.

A chegada é sempre mais lenta que a partida.
Chega exatamente quando uma porta se fecha, quando o coração se distrai, quando há uma zona de sentimentos no ar. Quando nada impede de amar.
O amor sem querer ser é intruso. É revoltante querer entendê-lo, sendo que sequer possa senti-lo. É um processo cheio das melhores sensações de prazer universais. Seja pela carência ou excesso, confusão ou retrocesso, o amor acaba. Ou esfria. Simplesmente passa...

E aí eu idealizo o relacionamento passado. Não evito qualquer contato. Um pseudo-amor inacabado. Detalhes que foram desperdiçados. Sorrisos que se inverteram. Suspiros que se esfarelaram. Palavras mal-pensadas. Corações despedaçados! E sofro exagerado!

A partida ligeiramente parte, fragmenta tudo!
Já é sabido que mulheres não têm mistério algum. Codificamos o que queremos dizer, mas há aqueles que sabem perfeitamente o que queremos falar. E quando dizemos “será melhor para nós dois”, estamos assinando o termo de compromisso do final supremo de uma relação. E os homens não! Eles tomam atitudes rápidas demais, ou não. Usam termos simples, mentirosos, e desoladores. Não suportam ver seu orgulho ferido. Com essas atitudes repentinas, muitos homens se arrependem! Não tem volta, mesmo! E sofrem, choram, ligam.

De repente, se encontra a mais doce satisfação em ouvir aquela voz. Quando você pensa que está indo, inevitavelmente, está voltando milhas; o desamor causa estragos, e feridas que demoram a cicatrizarem. Então, tudo não passa de um processo lento e dolorido. Vai por mim, não adianta resmungar, espernear, gritar ou xingar. Isso, é claro, te trará um prazer absoluto e momentâneo, mas o normal é que espere o tempo molhar... E secar!

Para alguns pode ser que eu esteja misturando o sentimento mais nobre com o mais insano e louco de todos. Outros dirão que sou completamente confusa e só sei complicar o fácil. Para mim, embora calejada, demonstro moralmente minha total ‘incompetência, quando o assunto é amor’.

Somos invariavelmente atraídos e sentimos melhor junto de pessoas que comungam de nossos valores, nossas crenças e convicções. O amor não é cego. Mas pode ser exigente demais. Pois aí, quando atravesso a rua e me assusto com alguém buzinando pra mim, ou quando me afogo as magoas assistindo aquele filme que me fez chorar toda vez, ou quando, na hora que preciso dormir, me tento a escrever, pensar ou ligar, é que eu consigo lembrar o quanto minha vida amorosa é triste. Exijo-me demais. Quem sabe no outono, tudo não melhore, e eu encontre a sorte.

Enfim.
Não pense que num “é melhor assim, para os dois” não haja mais do que se possa imaginar.

“Se sentir saudade, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!”

3 comentários:

  1. -' Muito bom o seu texto!
    Ontem ainda escrevi um sobre o final de verão!
    Estou esperando mesmo que o Outono seja bom!
    PARABENS!

    ResponderExcluir
  2. -' Gostei muito do seu texto...
    Ah o amor...
    chega como quem não quer nada e depoiis...

    Obrigada por comentar no meu blog. :D

    ResponderExcluir